Sunday, December 10, 2006

E agora: Um Pouco de Cultura!

"Se queres ser alguém, dirige um jornal"

Os dois últimos espectáculos a que assisti foram: o concerto do David Fonseca, e o filme/musical Chicago em DVD.

Começando pelo último, o filme baseado na peça de Maurine Dallas Watkins, é uma verdadeira obra-prima do cinema. Grandes actores, excelentes desempenhos e uma história fenomenal. Assim é fácil vencer os 6 Óscares da academia de Hollywood (incluindo o de melhor filme). Um poço de jazz, cheio de movimento e cor, que derrete qualquer assistente e o faz ficar preso até ao último minuto do filme.Uma mistura de musica, teatro e direito

O filme conta a história de duas mulheres, que apesar de bastante diferentes, procuram a liberdade e a fama. Juntamente com isto dá-se uma mistura de cor, som e dança que fazem extasiar qualquer pessoa.Roxie Hart (Renée Zellweger), uma jovem fascinada com as promessas de Chicago de 1929, ao ver que o seu amante não cumprirá a promessa de lhe arranjar emprego como bailarina e cantora no famoso Vaudeville, mata-o. Na prisão conhecerá Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones), uma conhecida cantora e bailarina no clube onde Roxie desejava trabalhar, e que foi presa após ter morto o seu marido e a sua irmã, depois de os ter apanhado juntos.Ambas conhecem através de Morton (Queen Latifah), a encarregada da prisão, o famoso advogado Billy Flynn (Richard Gere) que nunca perdeu um caso que envolvesse mulheres.

Ele apresenta-se como a única salvação para fugir à morte, que não acontecia em chicago à mais de 40 anos.
Através dele, ambas conhecem a fama, que no entanto é bastante passageira.

No entanto Roxie, com o seu ar inocente, acaba por brilhar através de alguns métodos que o seu advogado lhe propõe e que segue meticulosamente.
O Advogado ganha no filme o papel de elemento fundamental para o desenrolar da acção, e atrai-me no filme, para além deste facto, a actualidade que tem, sem fugir à caracterização fiel dos anos 20/30.
Confesso que nunca fui um grande fã de Richard Gere. No entanto, este filme converteu-me.
A cena de sapateado que protagoniza, ou a dança inicial em que participa e com que é apresentado no filme (que está representada na fotografia), são de uma genialidade enorme. A sua personagem é fabulosa: o advogado perfeito, que da cliente apenas quer o dinheiro, e que vence todos os casos, sempre da melhor forma e da mais eficaz.
A cena que protagoniza no tribunal é fabulosa, aproveitando toda a capacidade de expressão e a de Roxie para comover e convencer o juiz. A maneira que tem de utilizar a média é uma das suas maiores armas, e através dai, dá a liberdade ás suas clientes, dando a Chicago, a imagem de uma vítima inocente que foi injustiçada.
Não sendo um advogado honesto no que toca à defesa, é impossível não gostar desta personagem. Inteligente, perspicaz, com sentido de humor, e com uma capacidade de expressão enorme e de que faz um excelente uso em tribunal.
A vitima que Billy faz de Roxie através da comunicação social e meio caminho andado para que o juiz a declarar inocente.
E é aqui que reside a actualidade do filme: no poder da comunicação social.
Um Filme Genial. Com músicas fabulosas, e com danças deliciosas.
Um guia ideal para qualquer advogado que pretenda alcançar o sucesso.
Um filme ideal para quem gosta de bom cinema.
Quanto à música, não sei se consigo ser tão imparcial.
É para mim um orgulho ter um artista como o David Fonseca a pisar os mesmos locais que eu.
As três horas de concerto que deu na aula magna, são a prova da qualidade e dos bons momentos que proporcionou a toda aquela plateia. Desde "Angel Song" a "How do you keep Love Alive" de Ryan Adams, passando pelo medley dos top 10 dos anos 80, o David Fonseca deu um concerto como à muito não assistia. Seguro, entusiasmante, contagiante, um concerto que misturou música, imagem, sonho e mistério e que proporcionou a todos os espectadores momentos inesquecíveis que se podiam testemunhar nas caras e nos comentários das pessoas que se encontravam à porta, no final do concerto. Permitiu também conhecer um lado humorístico do cantor português, que tantas vezes é esquecido e ignorado e mesmo desconhecido, devido à imagem que muitas vezes a comunicação social transmite, de que o David Fonseca é apenas um saudosista depressivo.


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