Saturday, July 14, 2007

Tenho a palavra pois sou Lisboeta! - Parte I O Socialista

A propósito das eleições intercalares em Lisboa, não quero deixar de manifestar neste meu espaço público, a minha opinião sobre o estado de Lisboa e os respectivos candidatos.



Começando pelo principal - entendamos a palavra como "principal candidato apontado pelos média à câmara de Lisboa" - candidato à Câmara: António Costa.
O ex-candidato à câmara de Loures tem descido nas sondagens. Descida essa que eu vejo como mera especulação - relembro o caso recente do referendo à "interrupção voluntária da gravidez" - mas que faria algum sentido perante um vazio ideológico ou de propostas que a campanha de Costa apresenta.
Apontado como o "Salvador da Câmara", promete rigor - que pode significar muitas coisas - casamentos homossexuais nos paços do conselho - ainda não percebi qual o poder do presidente da camâra para fazer tal coisa - a promoção da bicicleta em vez do automóvel - como se Lisboa fosse uma cidade plana sem sete colinas, onde é possível todos subirem a calçada da estrela, a calçada do combro ou a rua do Alecrim ou das Trinas de bicicleta.
Mas deixam-me irrequieto estas propostas. Esses não são os problemas da cidade. Ou por outra, até podem ser, mas não são certamente os mais importantes.
Quando se fala que a câmara está desorganizada, falida insegura e desfeita a resposta é: "António Costa é a Solução para Governar", ele vai acabar com as dividas, com o excesso de assessores, vai reabilitar a cidade e impor a ordem e trazer a segurança. Mas isto são coisas que até eu posso dizer. Quem sabe se não serei eu também o homem certo para "acabar com as dívidas, com o excesso de assessores, vai reabilitar a cidade e impor a ordem e trazer a segurança". A pergunta não reside em o que faz falta, porque isso todas as pessoas sabem, basta perguntar na rua, que todos têm queixas a fazer. A pergunta é como se resolve as questões. Desconfio que ele também não sabe.
Sócrates elogia-o. Diz que era a solução para os problemas impossíveis que se colocavam ao governo. Mas se é assim tão bom porque continua o país na mesma? Porque se encontra Portugal tão desgovernado?
O despejar de propostas populistas é o gozar com os lisboetas, mas a culpa de tal coisa acontecer, não é só dele. É a fraca oposição que tem.
É considerado por muitos, incluindo o presidente do Benfica, como o melhor candidato à câmara e o seu salvador, mas sem ninguém saber porquê.

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