Sunday, December 31, 2006

Porquê?

Ainda me estou a questionar o porquê!



Saddam Hussein (28/04/1937-30/12/2007)

Saddam Hussein foi concerteza um dos mais sanguinario ditadores. Matou milhões de pessoas, para além de liderar, com uma fortuna enorme)um país que era na sua quase totalidade pobre.
Fez coisas horrorosas, eu sei. Toda as pessoas o sabem.
Mas continuo a questionar-me, e pergunto da forma mais honesta e humilde(atenção: eu estou mesmo a perguntar),
O que é que ganhamos nós com a morte se Saddam Hussein?
Que ganharam os Estados Unidos?
Qual é vantagem de o ter morto?
O que justifica isto?

Por favor, se alguém quiser ajudar-me....agradecia!

Pode ser que eu esteja só numa crise sentimental e de visão humanista do mundo.
Mas não creio muito nisto....

The Partisan Seed

Hoje descobri isto na fnac!



Já há muito que não ouvia uma coisa assim. Som puro. Melodias simples. E que me agarraram logo da primeira vez que as ouvi.

"Filipe Miranda foi vocalista e um dos mentores dos já extintos Kafka. Agora a solo, com The Partisan Seed, apresenta um estilo livre de composição e interpretação, pura escrita de canções de inspiração pessoal e descomprometida. Privilegiando as mensagens das letras, que vivem entre o amor e a melancolia, The Partisan Seed pretende revelar um profundo auto-retrato do compositor, através de um fluxo de canções despretensiosas, introspectivas e sinceras.

«No mundo da música há três tipos de compositores. Os que compõem canções vulgares, aqueles que têm talento e, por fim, os que têm sons a correrem-lhes nas veias. Filipe Miranda, através do projecto The Partisan Seed, é um desses casos... estamos perante um exímio escritor de canções. The Partisan Seed é mais que um alter-ego... apresenta-se como um filão de canções que se passeiam pelas formas mais variadas da música. Acima de tudo é uma voz apoiada por sons. Uma voz tocante e perturbadora. São projectos e pessoas assim que fazem da música uma das mais belas manifestações artísticas de sempre.» (Jorge Baldaia, Divergências)

«Deliciosos temas que nos deixam a pensar, fazendo-nos acreditar de novo na pureza da música.» (Vítor Pinto, Fenther)

«A arte de The Partisan Seed é crua, livre e íntima; de melodias simples, de som sem artifícios nem subterfúgios, apenas de pequenas coisas, serve-se de uma mensagem interiormente forte, melancólica, que a todo o momento nos faz recostar e recordar.» (Rui Dinis, A Trompa)

«Íntimo. Rente ao coração.» (Nuno Ávila, RUC)"

Retirado de honeysound.com

Aqui ficam os links deste projecto portugês:
honeysound
The Partisan Seed no MySpace

Espero que continuem.

Monday, December 18, 2006

Curiosidades de um País Musical!

Hoje relia o artigo de Filomena Martins sobre a rádio portuguesa. E concordo com tudo o que ela diz: As rádios nacionais passam pouca música portuguesa! É um facto, mas não é novo.
No entanto coloca-se a discussão: a música cantada em inglês por portugueses também é considerada portuguesa?
Eu penso que sim, mas isso nada interessa. No entanto a Senhora Filomena Martins queixa-se de não ouvir a sua língua natal enquanto vai em viagem de Lisboa para o Algarve, e que isso deixa a sua filha completamente irrequieta. É compreensível....
Mas apesar de todas as queixas que faz no seu artigo no Correio da Manhã, que passam desde a crítica aos D'ZRT, e a imagem do país atrasado que a rádio pretende passar aos direitos de autor e às músicas roubadas da net. Ele esquece-se daquele ponto principal que todos no atiram à cara: a rádio procura ser o reflexo das preferências dos ouvintes! Se a música não passa é porque os ouvintes não pedem, ou porque segundo os inquéritos feitos, a maioria prefere o que é estrangeiro.
Agora surgem as várias hipóteses:

- Povo deseducado (também por culpa das rádios), não habituados à música portuguesa;

- Música portuguesa mal patrocinada e mau apoio de promoção ao trabalho;

- Cd's a altos preços;

- Espectáculos ainda mais caros;

- Mistura e irregularidade de artistas portugueses;

- Etc.

Com certeza haverá muitos mais problemas, mas acho que muitos destes ainda ninguém se lembrou.

La Féria E o Rivoli



Não sou nenhum entendido no assunto. Ao mesmo tempo, não deixo de pensar que posso opinar num caso destes.

Ontem nas notícias, vi que a Câmara do Porto decidiu entregar o Teatro Rivoli a Luís Filipe La Féria. Rapidamente e como sempre a televisão mostrou as reacções contra a decisão.

Não é que eu não perceba a opinião do senhor Francisco Alves, mas penso que não afectará tanto como pensa a vida teatral da cidade.



Luís Filipe La Féria não é nenhum reles criador de teatro. La Féria é o maior e melhor encenador Português. E em toda a sua vida tem feito espectáculos maravilhosos que têm tido audiências fabulosas. Não me parece a mim que deixe de ser um homem do teatro apenas por concorrer à gestão do teatro Rivoli. Parece-me sim que também quer ganhar a vida, mas perderá o seu curriculum de homem das artes, só por isso?

Penso que o melhor é esperar para ver. La Féria já mostrou que é bom e tenho a certeza, tal como muitas pessoas deste país, que ele pode dar muita qualidade e grandes espectáculos à cidade do Porto, pois ele é de facto muito bom naquilo que faz. Já tivemos provas disto: a musical Amália, o My Fair Lady, a Maldita Cocaína, são obras de La Féria que não podemos ignorar.

Vamos lá: dêem pelo menos uma oportunidade ao Senhor La Féria.
Não corramos o risco de mandar para fora deste país mais um dos "grandes" que passaram por aqui e que, até hoje, tanto fizeram por nós.

Friday, December 15, 2006

Sociedade Hipócrita!



Augusto Pinochet (1915-2006)


Há um ditado que diz: "não faças aos outros, aquilo que não gostas que te façam".
Por esse lado, até posso compreender os chilenos.

No entanto, vivemos num mundo onde aclamamos direitos de justiça e perdão. Em que em vez de nos preocuparmos em ensinar às crianças a cultura e a história, preferimos fingir que somos bons e caridosos (palavra que até já hoje perdeu o significado, por tantas vezes ser usado). Que em vez de ensinar o que é a verdade, transmite "ideias", afirmando que só através delas o homem é feliz e livre para poder escolher. Mundo este que ensina às crianças que ser amigo dos mais fracos é ter pena deles.
Se acham bonito o que se faz no Chile neste preciso momento, perguntem-se a vós próprios se estão certos ou errados.

É numa sociedade de paz e de justiça como a que queremos construir que se festeja a morte de uma pessoa?
É numa sociedade que se afirma justa, que apela à liberdade, que defende a justiça, que se diz a favor da verdade que se regozija com a morte de alguém?
É neste mundo justo que a sociedade quer viver?
Nesta justiça que apenas proclama que "Há Liberdade" e que ela é desculpa para tudo?

Não nego que houve quem sofresse. Não nego que houve quem fosse injustiçado. Mas ergo a minha voz para gritar justiça num momento em que, ao ver-se morrer um homem, que já à mais de 30 anos estava fora de qualquer vida pública, se festeja de forma gloriosa.

Um nojo é aquilo que já se fez e ainda hoje se faz! Situações descontroladas desculpadas pelo argumento do: "à e tal, as pessoas estavam oprimidas e agora libertaram-se! É compreensível...."

Compreensível era que ficassem em casa quietos e calados, enquanto aqueles que choram a morte de um homem, a teem que viver.

Sociedade hipócrita de valores falso que apenas apela à vingança, numa atitude de: "olha, se ele fez, eu também posso fazer! (mesmo que quando ele o fazia, eu o condenava por isso).

Eu tenho vergonha de viver numa sociedade destas.

E, já por ventura alguém contatou que o numero de mortos poderá não ser muito diferente ao da era dos ditadores se liberalizarem o aborto?
AH... esquecia-me! Nunca ninguém contará os bebés mortos nas estatísticas....

Hipócritas!

PS: Gostaria de saber quem é a senhora Isabel Allende, para ela não querer que os filhos de Pinochet recebam a sua herança?
Se calhar eu também posso ir ao Chile, e dizer que os seu filhos também não devem receber o que ela lhes deixa...não?

Tuesday, December 12, 2006

Artista/Fã



Nos últimos tempos tenho pensado muito nesta relação: Artista/Fã.

- do Ing.(E.U.A.) fan, abrev. de fanatic, fanático; s. m., pessoa que tem grande admiração por certo artista popularizado pelo cinema, teatro, televisão, rádio, música, etc. .

(penso escusado apresentar a definição de artista!)

Confesso que para mim será um exagero o uso da palavra fanático para definir fã. Sou fã de vários artistas, e no entanto não sou fanático. Ou se o sou, sou de forma saudável. De qualquer forma, penso que seria melhor a palavra admiração em vez de fanatismo.
No entanto, não deixa de ser curioso, como podemos sentir o que quer que seja por alguém que "brilha" no cinema, teatro, televisão, etc. Como é possível gostarmos de pessoas que nos são tão estranhas, e tão distantes. Como é possível sentirmos o que quer que seja por estas pessoas, que na maioria dos casos nunca vimos, ou se vimos, foi numa sala de espectáculos ou com mais um milhão e meio de pessoas, e a cerca de 10 metros de distância.
A verdade é que estes seres de quem gostamos tanto sem nunca os termos visto, e que nem sabem quem somos ou sequer que existimos, provocam em nós sentimentos e expressões. Não é novo ouvirmos por ai frases tão simples como: "obrigado, fizeste-me sentir compreendido", "obrigado, pois o que fazes é lindo" etc. ou até mesmo, "obrigado por me fazer sentir parte de algo". Palavras sinceras, de quem se sentiu tocado por algo, sem que, por vezes, saiba porquê. Por alguém que começa por se sentir participante em algo sem saber bem porquê. Ou melhor, muitas vezes até o sabe, mas não o sabe explicar.
Posto assim tudo isto, a verdade é que se pode gostar de algo sem nunca o termos visto. Termos apenas visto, lido. "Longe dos olhos, Longe do coração" cai assim por terra. Não preciso de uma presença aqui para gostar do que quer que seja. E também essa presença de alguém pode ganhar várias formas.

Assim se percebem imagens destas.


Monday, December 11, 2006

Shiuuu! É Música!



Mr. Tom Waits playing Take me Home

Sunday, December 10, 2006

E agora: Um Pouco de Cultura!

"Se queres ser alguém, dirige um jornal"

Os dois últimos espectáculos a que assisti foram: o concerto do David Fonseca, e o filme/musical Chicago em DVD.

Começando pelo último, o filme baseado na peça de Maurine Dallas Watkins, é uma verdadeira obra-prima do cinema. Grandes actores, excelentes desempenhos e uma história fenomenal. Assim é fácil vencer os 6 Óscares da academia de Hollywood (incluindo o de melhor filme). Um poço de jazz, cheio de movimento e cor, que derrete qualquer assistente e o faz ficar preso até ao último minuto do filme.Uma mistura de musica, teatro e direito

O filme conta a história de duas mulheres, que apesar de bastante diferentes, procuram a liberdade e a fama. Juntamente com isto dá-se uma mistura de cor, som e dança que fazem extasiar qualquer pessoa.Roxie Hart (Renée Zellweger), uma jovem fascinada com as promessas de Chicago de 1929, ao ver que o seu amante não cumprirá a promessa de lhe arranjar emprego como bailarina e cantora no famoso Vaudeville, mata-o. Na prisão conhecerá Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones), uma conhecida cantora e bailarina no clube onde Roxie desejava trabalhar, e que foi presa após ter morto o seu marido e a sua irmã, depois de os ter apanhado juntos.Ambas conhecem através de Morton (Queen Latifah), a encarregada da prisão, o famoso advogado Billy Flynn (Richard Gere) que nunca perdeu um caso que envolvesse mulheres.

Ele apresenta-se como a única salvação para fugir à morte, que não acontecia em chicago à mais de 40 anos.
Através dele, ambas conhecem a fama, que no entanto é bastante passageira.

No entanto Roxie, com o seu ar inocente, acaba por brilhar através de alguns métodos que o seu advogado lhe propõe e que segue meticulosamente.
O Advogado ganha no filme o papel de elemento fundamental para o desenrolar da acção, e atrai-me no filme, para além deste facto, a actualidade que tem, sem fugir à caracterização fiel dos anos 20/30.
Confesso que nunca fui um grande fã de Richard Gere. No entanto, este filme converteu-me.
A cena de sapateado que protagoniza, ou a dança inicial em que participa e com que é apresentado no filme (que está representada na fotografia), são de uma genialidade enorme. A sua personagem é fabulosa: o advogado perfeito, que da cliente apenas quer o dinheiro, e que vence todos os casos, sempre da melhor forma e da mais eficaz.
A cena que protagoniza no tribunal é fabulosa, aproveitando toda a capacidade de expressão e a de Roxie para comover e convencer o juiz. A maneira que tem de utilizar a média é uma das suas maiores armas, e através dai, dá a liberdade ás suas clientes, dando a Chicago, a imagem de uma vítima inocente que foi injustiçada.
Não sendo um advogado honesto no que toca à defesa, é impossível não gostar desta personagem. Inteligente, perspicaz, com sentido de humor, e com uma capacidade de expressão enorme e de que faz um excelente uso em tribunal.
A vitima que Billy faz de Roxie através da comunicação social e meio caminho andado para que o juiz a declarar inocente.
E é aqui que reside a actualidade do filme: no poder da comunicação social.
Um Filme Genial. Com músicas fabulosas, e com danças deliciosas.
Um guia ideal para qualquer advogado que pretenda alcançar o sucesso.
Um filme ideal para quem gosta de bom cinema.
Quanto à música, não sei se consigo ser tão imparcial.
É para mim um orgulho ter um artista como o David Fonseca a pisar os mesmos locais que eu.
As três horas de concerto que deu na aula magna, são a prova da qualidade e dos bons momentos que proporcionou a toda aquela plateia. Desde "Angel Song" a "How do you keep Love Alive" de Ryan Adams, passando pelo medley dos top 10 dos anos 80, o David Fonseca deu um concerto como à muito não assistia. Seguro, entusiasmante, contagiante, um concerto que misturou música, imagem, sonho e mistério e que proporcionou a todos os espectadores momentos inesquecíveis que se podiam testemunhar nas caras e nos comentários das pessoas que se encontravam à porta, no final do concerto. Permitiu também conhecer um lado humorístico do cantor português, que tantas vezes é esquecido e ignorado e mesmo desconhecido, devido à imagem que muitas vezes a comunicação social transmite, de que o David Fonseca é apenas um saudosista depressivo.


Thursday, December 07, 2006

Obrigado!

Ontem percebi que não sou um incompreendido!

Fui ontem assistir ao lançamento da plataforma "Não, Obrigado".
São estas iniciativas que se devem louvar neste país. Um grupo de cidadãos apartidários, livres e que exercem a sua liberdade democrática dentro dos limites permitidos, que lutam ainda nos dias de hoje pela verdade.
Não procuraram ofender o "sim", mas demonstrar que a questão que se coloca no dia 11 de Fevereiro é a liberalização total do aborto até às 10 semanas, e não aquela frase que procuram atirar aos olhos das pessoas de que o que está em causa é a liberdade da mulher.
O resultado do inquérito realizado pela universidade Católica, faz-me sentir muito compreendido, visto que já num post anterior o havia referido (num tom um tanto irónico), e coloca também uma questão engraçada na sociedade: Como é que alguém pode abortar quando na maioria, os inquiridos são da opinião que vida humana começa "desde o momento da concepção" (54,2 por cento) ou "desde o momento em que bate o coração" (20,7 por cento)?

Outro ponto a ter em conta, mas que até hoje ninguém revela é que, na sua maioria, (75,6 por cento) as mulheres que atravessassem um momento de dificuldade ou dúvida sobre a sua gravidez, gostariam de ser ajudadas e apoiadas para poderem ter o bebé.

Porque é que o estado em vez de votar o aborto e ajudar a criar estas mães a ter os filhos, vai investir em clínicas especializadas em abortos?
Mais uma vez este grupo de indivíduos que apoiam o "Não" me fazem sentir que não estou só no mundo! Tal como à algum tempo escrevi, não será melhor e da preferência da generalidade, que o dinheiro dos impostos dos portugueses fosse para outras coisas que não abortos?
E que tal o ensino?
A Ajuda de berço?
As Irmãs dos Pobres?
etc...

Para terminar, queria só relembrar que, além de tudo isto e segundo as estatísticas europeias, a liberalização do aborto nos vários países da Europa resultou num aumento do número de abortos e não resolveu os problemas os tais problemas sociais de que tanto se fala.

Por tudo isto, não se esqueça, dia 11 de Fevereiro vote:

Saturday, December 02, 2006

Natal em Lisboa



Mais uma grande fotografia de Lisboa!

retirada de:
http://noticias.sapo.pt/foto.html?id=2

Eu estive lá!

Hoje enquanto escrevia um mail ao David Fonseca, lembrei-me do serão agradável que passei (ainda com o Salvador cá em Portugal) com o João Gil.
Achei por bem recorda-lo(posta-lo!).
Este foi o texto que o próprio escreveu no seu blog sobre essa noite:


"A luz ao fundo


Meu velho amigo,
não duvides,
isto anda perigoso.
À violência da representação cartonista ocidental,
a resposta violenta que não se fez esperar.

Mudo a agulha,
falo-te de uma iniciativa em que participei,
que de tão inédita e tão interessante
faço tudo para a expandir,
com toda a minha força.

Participei num encontro promovido por várias famílias
em que abertamente se discutiram assuntos,
que no meu caso, implicitamente tiveram incidência evidente
na Música Portuguesa dos últimos anos
e no ensino, e não só mas também, na razão proporcional
de uma actividade física a começar na primeira infância.
Este encontro deu-se numa sala de estar de uma casa privada.
Toda a gente sentada em silêncio activo.

Imagina tu
que este tão pequeno evento privado
insuflaria de tal maneira,
que todos aqueles nos quais as pessoas confiaram a sua memória,
escritores, pintores, filósofos, políticos, jornalistas, etc. etc.
iriam em tournée gigantesca pelas famílias de Portugal, que se
preocupam e investem na qualidade do tempo que passam com os filhos?

Terias aqui um belo exemplo de partilha, em que as mentes se questionariam mais do que a fatal opinião formatada
por televisões de qualidade duvidosa, inevitavelmente fariam, e... fazem.

Acredita que a utopia tem um túnel cuja luz
lá no fundo adquire todas as colorações que quiseres.

No fundo... uma questão de imaginação."

João Gil

Retirado de:
http://joaogil.blogspot.com/2006_02_01_joaogil_archive.html

Friday, December 01, 2006

Carta à Persistência

Querida Persistência,

Não quero desperdiçar mais o meu dia.
Não quero perder mais tempo de vida.

Quero amar o meu Deus,
A realidade, tu e
A minha família.

Conseguirá o Homem viver sem Deus?
Não
Conseguirei eu viver sem ti?
Não!
Serás tu o meu Deus?
Talvez...
Ou pelo menos eu vejo-O em ti.

Ou podes ser um sinal?
Quem sabe um rosto?
Não queres ficar comigo para sempre?

É porque é um desperdício
Perder tempo com quem não nos ama.
Ou pelo menos quem não quer o nosso amor...

Ah! Faz um esforço! já estou farto!
Já não quero voltar a sair
Sem saber o que fazer,
E não viver
Intensamente o real.

Não me quero dispersar
Com o que não interessa,
Nem desperdiçar
A vida que me resta.

Salva-me!

Vá lá!
Só tu podes faze-lo!
"Fazes?"