Sunday, December 30, 2007

Que Deus ajude



Fotografia Estela Silva
Do Expresso de 29 de Dezembro de 2007
Pág.6

Friday, December 28, 2007

O presente de Natal do Ministro da Saúde



“Repúdio e Indignação”


Se pensarmos que no séc XIX, para atravessar o país era necessário mais de uma semana, talvez uma hora seja pouco...

A imagem só poderia vir, claro esta deste sitio.

Natal: Uma Festa Cristã

Numa época em que se decide discutir as influências cristãs na história europeia é bom ver o quanto o natal é uma festa de cariz religioso, por muito que se inventem pais natais de muitos e variados géneros.

O texto que voz aqui deixo é do prof. João Carlos Espada, publicado no Expresso de 22 de Dezembro de 2007.
Aqui fica, como se fosse o meu postal de natal.
A todos voz um Bom Natal(atrasados bem sei, mas já é habitual).

Podemos ainda desejar 'Bom Natal? Ou estaremos a incorrer em perigosa expressão de 'fundamentalismo cristão'? Que eu saiba, a moda de substituir os votos de Bom Natal por «season's greetings» começou na América, já lá vai mais de uma década. O argumento era basicamente 'inclusivo': sendo o Natal uma festa cristã, a referência natalícia poderia excluir, ou ofender, todos os que não fossem cristãos. Com o mesmo argumento, foram movidos processos judiciais contra árvores de Natal e presépios em lugares públicos — sendo a definição de 'público' generosamente abrangente: universidades privadas, por exemplo, também contavam.
Inquéritos a judeus e muçulmanos americanos chegaram então a resultados curiosos: eles não se sentiam ofendidos pelas referências natalícias. Basicamente, afinal, os que protestavam eram não crentes de uma obediência particular, que poderíamos designar por ateia (para a distinguir dos não crentes simplesmente agnósticos).
Segundo aqueles não crentes ateus, a sua posição seria neutra relativamente a crenças particulares. Mas este ponto tem óbvias dificuldades. Uma posição não crente ateia (tal como, para este efeito, uma agnóstica) é ela mesma uma posição particular. Por que razão deveria essa posição particular deter supremacia sobre outras posições particulares, designadamente sobre as crenças religiosas?
A razão, segundo alguns não crentes ateus, tem-se tornado mais clara nos últimos tempos. Uma onda de livros tem lançado sobre a religião, em particular a religião cristã, o anátema
do preconceito e do atavismo anti moderno. O argumento deixou agora de ser inclusivo para passar a ser exclusivo: já não é apenas preciso silenciar a religião para não ofender terceiros; é preciso eliminá-la para libertar os próprios crentes.
O nosso velho Isaiah Berlin, o grande filósofo da liberdade e do pluralismo, teria imediatamente detectado aqui um sofisma iliberal. Libertar as pessoas contra a sua própria vontade e sem que elas estejam a prejudicar alguém? Que liberdade é essa que consiste em exercer coerção sobre as consciências dos outros?
Outra perspectiva sobre a liberdade — que Isaiah Berlin teria apoiado — reuniu na passada terça-feira uma vasta excursão de crentes e não crentes numa visita excepcional à Cartuxa de Évora. Tratou-se do lançamento de um magnífico livro sobre 'O Segredo da Cartuxa', com texto de Paulo Moura e fotos de Nacho Doce (Pedra da Lua, 2007). Os autores não precisaram de ser crentes para respeitar e apreciar uma rara vocação de reclusão cristã — e para produzir sobre ela um livro excelente.
Bom Natal.



A proviniência da imagem é esta.

Friday, December 14, 2007

14 e Dezembro de 1918:o Adeus ao Presidente-Rei



"Mataram-me! Morro, mas morro bem! Salvem a Pátria..."

Tuesday, December 11, 2007

E porque ontem foi dia de São Carlos...

De 10 a 21 de Dezembro, está em cena no Teatro Nacional de São Carlos, uma das grandes obras de Verdi: o Rigoletto. Ópera em três actos e quatro quadros, com libreto de Francesco Maria Piave, amigo do próprio compositor, e autor de vários outros libretos, como o da ópera La Traviata.
Estreada em 1851, no Teatro La fenice, Rigoletto, tornou-se conhecida nos dias de hoje, essencialmente por uma das suas cenas, que talvez lhe tenha roubado o protagonismo com o passar dos tempos: La Donna è Mobile. Isto só como apontamento, para quem o nome Rigoletto nada diga.



O que aqui vos deixo, para além de um proposta de visita a um dos mais belos teatros nacionais, e um "convite" para assistir a uma das grandes óperas da história, é um excerto dessa mesma ópera, interpretada neste caso, pelo recém partido Luciano Pavarotti.

Tuesday, December 04, 2007

Faria hoje 115 anos...



...o General Francisco Franco, nascido a 4 de Dezembro de 1892, em El Ferrol, um gueto militar na época, instalado na margem direita, no território da Galiza
.

O 1º de Dezembro: Do Nacionalismo ao Romantismo



Passadas as grandes datas, depois da festa e palavras a propósito, surge agora o tempo da reflexão sobre os acontecimentos passados.
O dia 1 de Dezembro é um dia essencialmente nacionalista. Mas, penso eu na minha modéstia tímida, que esse é também um dia impregnado de um certo romantismo.
A Característica nacionalista claramente se afigura a qualquer um que se depare de frente com a questão: dia de orgulho nacional, de festa; recupera-se a independência nacional perdida em 1850, e que punha em causa a identidade construída sobre este território desde 1143, correndo o risco de se extinguir e perder para a mão da vizinha Espanha que se encontrava num território que não era seu.
Mas para além disto há mais. Há um certo romantismo proveniente e, até dependente deste nacionalismo. E reside este sentimento romântico, naquele conjunto de situações protagonizado por um grupo de homens que, reunido no Palácio da Independência, se unem em torno de uma causa em que acreditam; um conjunto de situações onde um grupo de homens estava pronto a "sacrificar a própria vida por um grande ideal", citando E. Nolte.
E esse risco é um risco de amor à pátria, e de dedicação a um país. E não sei se pela raridade que isso hoje apresenta, a mim causa-me sempre arrepios recordar estas datas, que pela sua glória, no parecem idílicas, podendo eu defini-las como sonhos, poderia atribuir-lhes aquela expressão que o professor Jaime Nogueira Pinto usava num prefácio(?) do livro Anos do Fim, "sonhos que trazem mais sonhos" típicos dos amantes de epopeias.
Perguntar-me-ão agora, se não é nisto que acabei de relatar, afinal, que consiste no nacionalismo?
E podendo eu responder afirmativamente de acordo com o raciocínio montado tendo eu 50% de probabilidades de resposta, podendo dizer que "sim, mais...", ou "não, pois...", lanço apenas a questão: não será o próprio nacionalismo romântico?

"Ditosa Pátria que tais filhos tens"

Luís Vaz de Camões

Sunday, December 02, 2007

Saturday, December 01, 2007

No seguimento do post anterior...

... e mais concentrado no que toca à ortografia.
Penso que será já do conhecimento de todos, o novo acordo ortográfico.



Parece que já começa a verificar-se um recuo, por parte do poder político, em implantar este Novo Acordo Ortográfico. No Brasil, já há discussão sobre o tema.

Deixo aqui o apelo, que penso que deve ser lido e pensado com atenção, do movimento que se está a criar de oposição ã esta tentativa de alteração à língua portuguesa.

Acerca de outro assunto, mas penso que se enquadra bem neste propósito, dizia o prof. Eduardo Vera-Cruz Pinto, "qualquer dia escrevo um livro cheio de erros, e depois se me criticarem, defendo-me dizendo que fiz uma grande obra porque ela é contra-arte!".

Petição aqui.

Friday, November 30, 2007

O Perigo do Não Saber

É preocupante a confusão etimológica que se verifica nos dias de hoje.
Não é só uma questão de gramática. Essa já bem pontapeada foi e continua a ser. Hoje podemos perfeitamente passar na rua, no trabalho, ou em qualquer lado, que parece que a escolaridade deixou de importar para quem quer que seja, e perdeu mesmo a sua importância na sociedade. Já não é ela factor de divisão social. Pode ser uma mulher que nunca foi à escola, ou uma que passou lá a vida. Não se consegue já evitar a sujeição dos nossos ouvidos a atentados como "quando opõem-se" ou "dissestes algo?", já para não falar do "né", que não deve ser mais do que a simples contracção de não+é, que eu não sabia possível. Há que se notar que no entanto é este problema linguístico que ainda mantém vivo aquele hábito popular, geralmente verificado a norte do país, em que o povo, se dirige aos tribunais, em dia de julgamento, só para ouvir o chamado "português de lei".
Mas o ponto central deste post, tem a ver mais com o problema etimológico que gramático.
É fácil, parece-me, notar a banalidade com que as palavras são usadas. Elas já não têm um significado, mas vários. Mas o problema reside na natureza destes significados novos, que geralmente residem no sujeito A, B ou C, ou seja, varia de pessoa para pessoa. É um relativismo linguístico. E penso que é preocupante.
Poderá este provir do mesmo relativismo que corroí a sociedade de hoje?
Claro! Sem dúvida nenhuma. É fruto da mesma fonte. Aquele afogar da sociedade no "segue o teu coração", no "ok! para ti é isso, mas para mim é isto", e mesmo o velhinho (e isto claro é um exemplo casuísta) "gostos não se discutem", teimam em fazer do mundo de hoje, um mundo de excepções e sem regras, em vez de um mundo de regras com algumas excepções.
Exemplo disso mesmo, e penso que não haverá melhor no tempo corrente, é o do uso banal de palavras como fascismo, ditador, totalitário, etc. como se cada uma não tivesse um significado próprio, com base em características suas, que as tornam únicas?
Ai sujeito A não deixou a filha falar casar com B."Esse homem é um ditador".
A despede o seu trabalhador B por B não fazer nenhum."A é um Fascista!"
Um governo é autoritário. "Esse governo é Fascista e Totalitário!".
O mesmo se passa por exemplo com a palavra direita.
"Se é de direita, é fascista!"
Dá-se uma conotação imediata. Uma associação imediata a ideias pré-concebidas e que dão azo a generalizações sem sentido e desnecessárias, de que este é exemplo este mesmo desenho:

Porque a ajudar é preciso, e nunca é tarde de mais...



A Conferência de Nossa Senhora de Lourdes pertence à Sociedade de São Vicente de Paulo e está inserida na comunidade Paroquial de Santos-o-Velho.

Temos como responsabilidade, um vasto trabalho no campo da caridade e Acção Social na nossa Freguesia. O nosso objectivo é proporcionar o conforto mínimo e alguns bens essenciais como: a habitação, a alimentação, a farmácia e os estudos aos nossos paroquianos em maior dificuldade. Procuramos dar resposta nestes campos a cerca de cento e cinquenta famílias, sendo a maioria constituídas por pessoas envelhecidas do bairro da Madragoa.

Para conseguirmos dar resposta a todos estes casos e outros que nos surjam, a nossa principal fonte de rendimento para o ano é a nossa Venda de Natal, que este ano será entre o dia 24 de Novembro e 16 de Dezembro.

O sucesso desta Venda será decisivo para conseguirmos desempenhar a nossa missão durante o próximo ano.

Agradecemos a grande ajuda de uma importante cadeia de hipermercados, um produtor de mel, uma fabrica de velas e de muitas pessoas que com a sua generosidade nos enviaram vários objectos.

Esperamos ainda a resposta de uma fábrica de chocolates, um produtor de café e uma fábrica de bolos.

Durante o período serão sempre aceites mais objectos.

A vossa visita será muito importante para conseguirmos ajudar quem mais precisa.

Com Amizade

Pela Conferência

SM

Thursday, November 29, 2007

Aqui vai a minha quinta linha da página 161

E em género de sanção compulsória, em vez de um envio três para compensar.


"(...)aquela que o salvara! Serva subtilmente leal! Fora ela que,(...)"

Esta primeira frase é retirada da página 161, da obra Contos de Eça de Queiroz.
O conto intitula-se A Aia.

o parágrafo de onde retirei a seguinte frase é o segundo da página anteriormente citada(Edições Livros do Brasil, 2002).

Aqui fica o próprio, para compreensão da própria frase.

"(...)

Foi um espanto, uma aclamação. Quem o salvara? Quem?... Lá estava junto do berço de marfim vazio, muda e hirta, aquela que o salvara! Serva sublimemente leal! Fora ela que, para conservar a vida ao seu príncipe, mandara à morte o seu filho... Então, só então, a mãe ditosa, emergindo da sua alegria extática, abraçou apaixonadamente a mãe dolorosa, e a beijou, e lhe chamou irmã do seu coração... E de entre aquela multidão que se apertava na galeria veio uma nova, ardente aclamação, com súplicas de que fosse recompensada, magnificamente, a serva admirável que salvara o rei e o reino.
(...)"


De outra obra, retirei:



"(...) -lhe o credo venal com todo o poder de sedução(...)"

Esta frase foi retirada da Obra de Joaquim Paço D'Arcos, Ansiedade, página 161, quinta linha.

Ela vem no seguimento do parágrafo iniciado na página anterior, e é neste que termina o XVIII capítulo, que passo a transcrever, acompanhado do anterior:

"(...)

Ela não tem outra mensagem a transmitir-lhe além daquela. Só a sinceridade a resgata um pouco do impudor. Debruça-se sobre ele, quase comovida: — Toy, eu não quero que tu voltes para África, fui eu em parte que te arranjei esse lugar, aceita-o, deixa-te de pieguices.
Tem quase lágrimas nos olhos. Passa-lhe na voz que implora um sopro ardente do amor inconfessado. E ele, ao vê-la nivelada à baixeza geral, integrada nesta a ponto de aceitar como bom tudo que para ele é reles, ao notar a sua insistência, ao medir o empenho apaixonado que põe em o reter, sofre duas revelações, tão estranhas, tão inconciliáveis uma e outra, que se recusa a aceitá-las e pede ao pensamento que suspenda a marcha porque ele não pode mais acompanhá-lo: Ela não foi cúmplice do Vidal, do Carlos e da quadrilha, mas legitima os seus actos, solidariza-se com o procedimento que tiveram e vale tanto como eles. Ela não vale nada, mas ama-o; não lho confessa, mas a sua voz não o disfarça, o gesto que implora não o esconde, o olhar humedecido não o oculta. Ama-o e incute-lhe o credo venal com todo o poder de sedução que irradia do seu ser de encanto e de volúpia. Ama-o e não é digna do amor alevantado que, para ela, ele em êxtase ergueu, do amor escondido com que a adorava, feito de respeito, de ternura e de sonho. Ama-o e não é digna do amor.
(...)"


Por ultímo, passo a transcrever a quinta linha da página 161 da obra de Fiódor Dostoiévski, Os Irmãos Karamázov, que inicia o 7º capítulo:


"(...)eles feito prisioneiros e coagido, sob ameaça de uma morte dolorosa(...)"

Pertence esta ao primeiro parágrafo do capítulo , de seu nome «A controvérsia»:

"(...)

A burra de Balaão, porém, de repente falou. O tema de que calhou falar era estranho: Grigóri, enquanto recebia a mercadoria na venda do comerciante Lukiánov, ouviu dele a história de um soldado russo que, algures muito longe daqui, na fronteira com os asiáticos, foi por eles feito prisioneiro e coagido, sob a ameaça de uma morte dolorosa e imediata, a renunciar ao cristianismo e a converter-se ao islão; não renunciou à sua fé e aceitou o martírio — deixou que o esfolassem vivo e morreu glorificando Cristo. Foi essa a façanha que o jornal do dia publicara. Foi disso também que Grigóri falou ao almoço. Fiódor Pavlovitch, no fim da refeição, à sobremesa, gostava sempre de conversar, nem que fosse com Grigóri. Ora, desta vez estava numa disposição de ânimo relaxada, todo repimpado, a bebericar conhaque e a ouvir a notícia. Observou que era necessário canonizar imediatamente aquele soldado, fazer dele um santo, e transferir a sua pele esfolada para qualquer mosteiro. «Então viriam chusmas de povo e montões de dinheiro.» Grigóri franziu a cara, ao ver que Fiódor Pávlovitch não se tinha comovido absolutamente nada e ainda por cima, como era seu costume, começava a blasfemar. De repente, Smerdiakov, que estava junto à porta, soltou uma gargalhada. A este propósito, diga-se que já antes deixavam que Smerdiakov ficasse perto da mesa no fim ao almoço. Ora, desde que Ivan Fiódorovitch veio para a nossa cidade, o lacaio comparecia quase sempre ao almoço.
(...)"

Aqui ficam então alguns dos meus gostos.
Devo dizer que gosto e muito de qualquer um dos livros citados. Mas devo também recordar que foram todos escolhidos aleatoriamente, de entre um molho vasto de romances e outros livros que se encontram atravessados na minha estante.
Um agradecimento ao Mário por esta oportunidade, e se da parte do Nonas vier um comentário às minhas escolhas, tanto bom como mau, seria uma honra recebê-lo.

Wednesday, November 28, 2007

'Tá mas é calado ó Pá!



Foi um duelo bem mais interessante este que o de Santana e Sócrates. Do mesmo género, mas com mais efeitos futuros
Não me preocuparei a dizer se a atitude do Rei de Espanha é censurável ou não.
Sei que, como lembrava o José Júdice, o Rei não se limitou a mandar calar Hugo Chavez por ser comunista. Se fosse uma mera questão de ideologias, porque razão se preocupou com os “fascistas espanhóis”?
Lamento, mas não vou na conversa do Daniel Oliveira, que bem quer fazer crer que Hugo Chavez é um mero presidente venezuelano democraticamente eleito, e que fala pelo povo Venezuelano. Chavez fala pela sua própria voz e ao povo, a única coisa que é admitida, é concordar com ele.
A Venezuela é um país riquíssimo. Especialmente em petróleo. E por isso cobiçado por muitos. E Chavez sabe disso. É por essa mesma razão que tem o desplante de se achar dono do mundo, e de dizer aquilo que quer, sem se coibir de insultar, criticar, etc.
E é por isso meus amigos, que considero que Juan Carlos esteve bem. Porque pouco se preocupou com o petróleo venezuelano e se a sua figura é meramente simbólica e diplomática - como defende Daniel Oliveira - e saiu em defesa do seu compatriota e ex-primeiro-ministro Aznar, e a colocar Chavez no seu devido lugar.
Teriam, alguns dos nossos chefes de Estado, coragem para o fazer?
Escusado será lembrar o que foi dito no estrangeiro nos últimos tempos sobre a polícia portuguesa, sobre um diplomata português, e até mesmo sobre o povo português.
E com isso alguém se importou?
Do recente episódio espanhol, resta agora Chavez e a sua patetice (veremos que consequências trará), que depois de se querer mostrar poderoso na cimeira ibero americana, e depois de sair humilhado por sua própria culpa, esperando que todos lhe beijassem os pés, como se todos lhe devessem e ninguém lhe pagasse, vai mais uma vez mostrar os seus tiques autoritário e dificultar e limitar ao máximo a vida das empresas espanhola presentes em terras venezuelanas.
Como diria Rosa Pedroso Lima, no Expresso desta semana, Chavez “teve um adversário. à altura”.

Um Pedido de Desculpas

Devo um pedido de desculpas a todos os que visitam simpaticamente este blog. Pelos mails que recebi e ficaram sem resposta ás correntes literárias que a responderei já de seguida, mesmo com 10 dias de atraso.
A falta de novidades nesta casa deve-se, em parte, à falta de tempo. No entanto o motivo principal que me afastou deste meu pequeno espaço foi mais uma das consecutivas falhas de internet de que sofro.
Cabe-me agora, postar o que ficou por postar, e reavivar este espaço, que deve a sua ilustre conotação e reputação, mais aos que a visitam do que ao que eu escrevo.
A todos, um sincero pedido de desculpas por tal falta de amabilidade de que fui protagonista, pedindo apenas um pouco de clemência por nem sempre estar nas minhas mãos a minha presença neste espaço.

Saturday, November 10, 2007

Um pouco mais de intervenção!

Já que a "oposição" não o faz, alguém registado no you tube, dá-nos a conhecer uma música de um tal MC Mokas sobre o governo de José Socrates.
Aqui fica.

O Luís Mal Amado

Não é primo.... é mesmo o próprio ministro dos negócios estrangeiros.



Sim! Luís Amado ficou mesmo pendurado!

Mais uma...



Eu acho que o conceito de greve até pode ser muito bonito dependendo do ângulo por onde ela se observa. Olhando-a como suspensão voluntária e colectiva do trabalho por um conjunto de pessoas por motivos de ordem laboral, ela é concretamente uma manifestação. Porque o simples facto de suspenderem temporariamente a actividade laboral nunca é suficiente. É preciso fazer barulho. E este barulho até parece bonito, se for visto de um certo ângulo: os trabalhadores saem à rua pelos seus direitos, e em marcha pelas ruas da cidade, recolhem apoiantes, amigos e associados à causa que manifestam, demonstrando a justiça e a não solidão na luta contra a injustiça de que são vitimas. Ui, que romântico....
Ora sinceramente, para mim a manifestação e/ou greve não é nada mais do que demonstração de poder. Demonstração de poder por partes dos Sindicatos, que movem os trabalhadores para causas que por vezes eles até desconhecem, ou mesmo que justas não têm razão de ser.
E não têm razão de ser, primeiramente porque para o governo é indiferente. Escusado será lembrar as palavras de Sócrates sobre a manifestação na Covilhã.
Em segundo lugar, porque os que têm que trabalhar e querem trabalhar, uns porque não são funcionário públicos ou mesmo outros sendo-o, têm o direito a que a sua vida não seja afectada. E quantos não têm sofrido de vários problemas nestes dias devido aos cortes de trânsito na cidade, etc.
Em terceiro, e agora a pensar particularmente nos estudantes, que deveriam ser uma das prioridades do nosso país, quem se responsabilizará por eles se, no caso de a grave atingir um elevado grau de participação, não tiverem aulas, ou os universitários, se a faculdade não abrir em dia de frequência?
E já não falo de hospitais e outros serviços básicos.
É que a greve não é só o bonito movimento a favor dos direitos dos trabalhadores. A greve é muito mais do que isso. Ela afecta toda a vida social, e eu gostava de saber que direito tem ela nisso?
O que vem no artigo 57º da Constituição?
Então e as outras pessoas que não participam nem têm nada a ver com a greve?
A constituição também tem artigos que os legitimiza.Por exemplo a saúde, a que tão curta referência fiz à pouco, é tutelado pelo artigo 64º da constituição.
A culpa bem sei que não é dos trabalhadores. A culpa é de quem lhes pôs esta arma nas mãos. No fundo assim é mais fácil. Deixa-se o povo ao molho e à briga em luta de interesses, uns de trabalho, outros de direitos, acompanhados pelo Estado de Providência para o dia em que não se trabalha, enquanto o governo vai fazendo o seu plano reformador, em que pouco importa o português, e o alto grau de satisfação será, criar um país que ainda não se percebeu bem que características terá. É porque o economicamente viável não faz sentido quando se pensa construir aeroportos caríssimos em má localização. O Estado social também não quando se fecham clínicas e maternidades. Ou a glória Europeia, quando se está no fundo, e se serve apenas de embuste para a criação de um tratado europeu que nos vem subjugar ainda mais à Europa, mesmo sem termos condições para tal.
No fundo, como diria Sócrates, "é a festa da democracia".

Qual Lenine, qual Marx, qual quê...

(Jerónimo de Sousa encarnado num do seus heróis históricos)

"o capitalismo e os seus defensores mistificam a história e alcance da Revolução de Outubro, tentam arredar do sentir e do pensamento do ser humano o sonho e a utopia por saberem que o socialismo não é utopia, não é só uma possibilidade. O socialismo é a alternativa ao capitalismo e ao imperialismo"

Depois disto, fico contente em ler a engraçada análise sobre o PCP e a Revolução de Outubro do ZMD.

Thursday, November 08, 2007

Saturday, October 27, 2007

Portugal vs Inglaterra

Não digam mais que a língua Portuguesa é complicada...
Don't say again that Portuguese language is complicated...
(Para ler em voz alta)
(To read it loud)

*Três bruxas olham para três relógios Swatch. Qual bruxa olha para qual relógio Swatch?

Agora em inglês / Now in English:

*Three witches watch three Swatch watches. Which witch watch which Swatch watch?*

Foi fácil?... Então agora apenas para os especialistas.
Easy?... Then now only for experts.

*Três bruxas suecas e transexuais olham para os botões de três relógios Swatch suíços. Qual bruxa sueca transexual olha para qual botão de qual relógio Swatch suíço?

Agora em inglâs / Now in English:

*Three Swedish switched witches watch three Swiss Swatch watch switches. Which Swedish switched witch watch which Swiss Swatch watch witch?

Então?... O português e assim tão difícil?...

Enviado por e-mail.

Lá Vai Menezes...



Luís Filipe Menezes já ia alto.
Apostado em renovar o PSD, lançou propostas fortes como a de uma renovação constitucional, ou a ideia de refortalecer o poder autárquico, construindo um país de base regional.
No entanto, estatelou-se no chão com esta ideia de que não deve haver referendo sobre o Tratado de Lisboa.
Ou é mais um Eurocrata, ou então onde se meteu a sua tão celebre ideia de que o poder está nas bases?

Wednesday, October 24, 2007

Alguém sabe por onde anda este Senhor?



Por onde anda a Oposição?

Tuesday, October 23, 2007

Descobertas recentes e tardias!



Só quando, através deste post publicado nas Portas do Cerco, tomei conhecimento da existência do blog Mas o Rei Vai Nu, é que percebi o que ando a perder desde Julho de 2005.

A ler qualquer um dos seguintes Posts:

"Apesar de trinta e três anos de intensivas lavagens ao cérebro (sem falar dos anos da pré-lavagem) o nosso povo demonstra uma coriácea indiferença perante factos supérfluos da nossa vivência. Perguntem-lhes pelo romance da Karina com o Joca (e o bebé do Aníbal) de uma qualquer telenovela e vão ver como as línguas se soltam; até vão parecer que estão numa qualquer sessão da correntje da felicidadje da IURD...
A canalha amestrada que nos vomita e regurgita a des-Informação ainda não compreendeu que o que é demais afoga e banaliza."




"Alguém se lembrou de perguntar àquelas azêmolas (entre as quais pontificavam criminosos de vulto) se as populações dos territórios sob administração portuguesa até 74 são hoje mais livres, mais felizes e mais evoluídas? Estão mais satisfeitas com os cleptocratas que os governam?
Porque é aí que está a questão e não num rançoso debate, tornado obsoleto pelo evoluir da própria realidade. Será que aqueles que descolonizaram a tempo se podem gabar de ter deixado uma herança de liberdade, democracia e felicidade nas suas antigas colónias?"


"Como é possível que a RTP se dê ao desplante de adquirir uma série americana em que os portugueses, através do seu rei e entourage são retratados como um povo sujo, cretino e atrasado.
Que um qualquer americas queira vender imagem e sexo à custa de um substracto histórico já é fórmula habitual. Como é sabido História não é o forte dos americas...
(...)
Em The Tudors, infelizmente, a aposta foi menos na história e mais na imagem e no sexo gratuito."

Sunday, October 14, 2007

Mas que bela e pertinente Questão!



Ainda não li o artigo, por isso limito-me a comentar a questão colocada na capa da Revista Única, que faz parte do Expresso desta semana...

Friday, October 12, 2007

A revisão do Código de Processo Penal



A ler: A revisão do Código de Processo Penal

Mas que grande Postal!

Na "casa" do Réprobo há um postal a não perder: Fátima à Luz da Escória

Isto há coisas....

Vindo do Réprobo...

Duplamente Roubados



Desemprego, falta de produtividade, educação deficiente e corrupção endémica. Estes quatro Cavaleiros do Apocalipse, que nos espreitam ao virar da esquina, já estão suficientemente identificados como sendo as razões do nosso atraso económico e social. Ainda esta semana o Presidente da República insistiu na prioridade da educação, e a corrupção voltou à ribalta com a acusação de João Cravinho de que os dirigentes do PS não lhe dão a importância devida.
Portugal é um país pobre de recursos, mas o nosso atraso não tem de ser assim. Os trabalhadores portugueses, mesmo analfabetos, são tão bons como os outros quando emigram. Nem todos enriquecem, mas a maioria ganha o suficiente para dar uma vida decente à família, amealham para construir uma casa na terra para quando regressarem de férias ou de reforma, e o dinheiro que enviam para Portugal foi durante muitos anos — e ainda é, em parte — um dos mais importantes recursos nacionais. A explicação clássica para esta diferença abismal da produtividade dos portugueses cá dentro ou lá fora é a qualidade empresarial. As nossas empresas são antiquadas, as empresas estrangeiras são modernas. As nossas vivem da mão-de-obra barata, as estrangeiras da maquinaria e das tecnologias. Mas esta é apenas uma parte da explicação, e uma parte menor. Um estudo exaustivo do Banco Mundial sobre a "riqueza das nações" partiu justamente do caso dos emigrantes mexicanos nos Estados Unidos, que são cinco vezes mais produtivos que no seu país, para concluir que o que determina o sucesso económico de um país não é a sua riqueza visível (recursos naturais como o petróleo ou a terra fértil, infra-estruturas como estradas ou fábricas ou capital financeiro) mas aquilo a que chamaram a "riqueza intangível": a confiança das pessoas na sociedade e nas instituições, o bom funcionamento da justiça, e as capacidades e competências humanas. Ou seja, o que faz com que os países prosperem é o seu capital humano e a qualidade das suas instituições. É por isso que a Suíça, um país pobre em recursos naturais, é um dos mais ricos do mundo, e Angola, que nada em petróleo, diamantes e terra fértil, um dos mais pobres.
A responsabilidade pela confiança nas instituições e na justiça depende apenas do Estado. E o Estado, digam o que disserem, não somos nós. Só o somos de quatro em quatro anos, quando votamos. No dia-a-dia são "eles", os ministros, os políticos, os directores-gerais, os funcionários, os juízes, os polícias. Se em Portugal não há uma grande "riqueza intangível" é porque alguém a meteu no bolso, como já se mete a outra riqueza, a tangível. É por isso que a corrupção nos rouba duplamente.

José Júdice ao Jornal O METRO

Wednesday, October 10, 2007

O Drama de Jerónimo...

Também no expresso desta semana...



Parece que ele não só reconhece, como sabe e aprova que o PC é um partido fechado, e assim o é desde o inicio.
Porque digo isto?
Porque o próprio Jerónimo e Sousa, líder do PCP, reconheceu que o "partido" - como lhe costumam chamar carinhosamente (como contava Zita Seabra) os seus militantes - foi o lugar onde aprendeu tudo o que sabe.
(Página 08 do Expresso)
Sabendo-se o que aquela "escola" ensina, parece-me que o actual líder comunista português, deve sofrer de algumas lacunas a nível de aprendizagem.

Conversão????

A propósito do post, não consegui ficar indiferente à fotografia....
será indicio de alguma coisa?



(Dedicado, claro está, ao Mário)

Safou-se bem!!!



"(As manifestações)São a festa da democracia. Uns protestam e outros aplaudem"

(aparte: só não sei quem aplaude...)

Digamos que apesar de não ser um método exemplar, nem correto (mesmo nada), e até vergonhoso, pois parece não ligar nada ao que os manifestantes estão a dizer, não deixo de pensar que José Sócrates se escapou bem da questão.

Tal como para a história do País (ou pelo menos "eles" tem tentado que isso permaneça na história,) vão ficar as expressões "Eles comem tudo e não deixam nada" da música de Zeca Afonso, ou "Fascismo nunca mais! 25 de Abril sempre!" célebre desde o PREC; a frase de José Sócrates, proferida ontem , após ouvir estas e outras tantas frases que saiam das bocas dos mais de centena e meia de manifestantes que se encontravam na porta da Escola Secundária Frei Heitor Pinto, na Covilhã, também conquistou o seu lugar.

Após ler esta noticia, fiquei boquiaberto.
Nem sabia se devia rir ou chorar.
Mas ri-me.

O país democrático é isto. A democracia é isto mesmo.
Têm hoje aquilo que desejaram e fizeram.
Queriam ordem? Não tivessem provocado a desordem através de uma revolução como a de Abril, que com o mote da liberdade para todos, leva a que cada um diga (e tem direito a dizer)o que quiser. E o primeiro-ministro não foge à regra.
É nisto que consiste a liberdade de expressão.

E José Sócrates não mentiu. Gozou apenas, e isso sim, pode e deve ser censurável, ainda por cima vindo de quem vem.
As manifestações fazem de facto parte da democracia. E também os aplausos.

No entanto parece-me que os aplausos, principalmente no caso do primeiro ministros, tem sido um tanto escassos(há?) não?

"Safou-se bem", como se diz na gíria, o nosso primeiro ministro, usando os meios que "lhe" deram...
E levaram todos uma "estalada de luva branca" "daquilo" que criaram.

Fique claro: não aprovo nem gostei do gesto, mas não deixo de achar que é muito bem feito para todos os ditos "anti-fascistas" e "democráticos".

O CDS/PP é o quê?



O Expresso desta semana noticia que Ângelo Correia quer "um PSD mais social-democrata" (portanto, mais à esquerda).
No entanto, o PSD não deixa de se considerar como "o maior partido da direita" (apenas quando a distinção de "direita" não é mal vista).

No mesmo Jornal, na página seguinte, Pires de Lima comenta a vitória de Menezes, considerando que o CDS/PP pode consolidar a sua posição de "único partido de direita", pois Menezes está colado no/ao centro-esquerda.
De seguida seguida, o mesmo Pires de Lima, afirma que o CDS/PP se concentrará mais no centro-direita - se pensarmos bem, faz sentido o que ele diz. Como Freitas sempre disse, o CDS é um partido centrista).
Mas afinal onde ficamos?
Direita ou Centro?

Por fim, termina a "entrevista" reafirmando que, com Menezes no PSD, e sendo ele um populista, Paulo Portas terá oportunidade de se tornar "mais credível e respeitável", concluindo, mesmo no final, que a vitória de Menezes também é boa para o CDS/PP, pois este, nunca no passado, se "deu mal" com o partido popular, ao contrário de Mendes.

Conclusão:

É uma pena que o CDS/PP não se assuma como um partido independente (que é, segundo os estatutos) e viva eternamente na sombra e dependente do PSD, que como o próprio é um vazio ideológico.
Para quando um CDS forte e objectivo, tanto ideologicamente como na prática?

Alameda Digital!


Numero Nove já no ar!

Monday, October 08, 2007

O Meu 5 de Outubro



Para mim o 5 de Outubro é um dia igual ao de todos os outros.
O deste ano primou, como diria o autor do blog Apdeites V2, pela bandalheira.
Mas isto é, infelizmente, algo a que já estamos habituados.
Não penso que seja por dias como este (o 5 de Outubro) que o mundo em geral, e Portugal particularmente, se torne melhor.
Portugal continua igual, com os mesmos problemas e as mesmas crises de sempre.
Não sou monárquico. Ou por outra: sou sem o ser.
Acredito num chefe. Num homem investido para comandar. Que se sobreponha a todos os outros e se apresente no lugar superior de uma pirâmide hierárquica.
Mas hoje a monarquia encontra-se desprovida de referências, e por isso, para mim parece pouco credível e, não nego, parece-me desprovida da "etiqueta" de solução, essencial para se apresentar como opositor perigoso a esta república falida.
Não sendo um monárquico "de primeira", sou um nacionalista. E bem sei que uma coisa não impede a outra.
Mas perdoem-me. Perdoem-me de mais uma vez dar razão a Salazar.
Tal como ele, eu partilho da ideia de que república ou monarquia pouco importa. O que importa é ter um Estado forte e ordeiro, que se concentre nos destinos de Portugal e não nas divisões partidárias.
Mas o 5 de Outubro de 1910 é uma data triste. Triste porque a ela estão automaticamente associados alguns dramas; alguns dos piores momentos da história portuguesa, como a morte do Rei D. Carlos e do príncipe herdeiro, D. Luís Filipe (e sim eu sei que foi no dia 1 de Fevereiro que se deu o regicídio, mas é impossível não relacionar um caso com outro), e a perseguição à igreja.
O Inicio da época que mais tarde seria conhecida pelo "governo na rua", ou pela da tentativa de fim do cristianismo em "duas gerações" como deixou claro, e pelas suas próprias palavras, Afonso Costa.
República essa que não era apenas contra o Rei, ou contra o estado frágil em que se encontrava o país, mas sim contra a ordem, e contra si mesma, e que como prova disso acabou assassinando um dos seus membros, Sidónio Pais.
Não é portanto um momento alto da história, e durante o período da 1º República, não podemos dizer que o país fosse uma "potência", dentro daquilo que o país permite.
Mas isto são factos históricos. E que como não trouxeram nada de bom, não se descortina o porquê de se festejar tais datas.

Só por curiosidade, a república em Roma inicia-se em 510, e em 2010 (não faz 100 como a nossa), faz 1020 anos.

Sorte!

Fazia tenção de postar isto, mas o Mário antecipou-se e poupou-me trabalho.




O Visconde da Ribeira Brava e o Regicídio

Para não variar, aproveita o tema para apresentar uma inteligente observação e introduzir uma boa questão:

"Se hoje a Causa Real e as Reais Associações funcionassem, nesta altura, a poucos meses do Centenário do Regicídio e a dois anos da Implantação da República, era possível criar um movimento popular de apoio à Monarquia. Agora, sem estruturas políticas, e a problemática é exclusivamente política, nada a fazer.
Mas a verdade é que o Ribeira Brava é um dos Regicidas, muito mais comprometido que, por exemplo, Aquilino Ribeiro."


É uma sorte, para mim e para a de todos os que lêem A Voz, ter a oportunidade de ler um blog como o do Mário.

Friday, October 05, 2007

Já cá canta!



A minha já cá canta! Ainda por cima, entregue pela mão do próprio Miguel Freitas da Costa.

Tuesday, October 02, 2007

Iberismo II

Sobre o tema, com uma opinião mais válida, mais inteligente e conceituada, deixo de opiniões "amadoras" e passo a palavra a um mestre e especialista no tema.



EM QUE CONSISTE EXACTAMENTE O PERIGO ESPANHOL

Iberismo

Dizia o Professor Jaime Nogueira Pinto, no documentário que apresentou na RTP sobre Salazar, que "hoje, no século XXI, membros da União Europeia e da NATO, tal risco (perda da independência nacional) pode parecer longínquo"
No entanto, a mim parece-me que hoje este é um tema bastante actual e, senão é um perigo, é pelo menos um tema que provoca forte discussão.

Caído o tema recentemente na discussão pública, pela mão do Nobel Saramago, a discussão tornou-se inevitável. E as reacções foram-se tornando públicas por toda a parte. Não havendo quase ninguém que não quisesse deixar de se manifestar.

Ora devido a esse propósito, não quis deixar de postar aqui alguns recortes de jornais que juntei sobre o tema, tendo em vista acrescentar mais alguns dados à questão.



Se o Semanário "Sol" revelou que 30% dos portugueses desejam uma união com Espanha, devemos perguntar-nos porque razão têm tal desejo.
Sabemos que temos história. Uma história bem maior que a do nosso pequeno rectângulo territorial situado na ponta ocidental da Europa. Mas é também um facto que a independência não existe apenas territorialmente. Portugal pode orgulhar-se de ser um país reconhecidamente autónomo; mas não seremos também independentes dependentes?
Passando das perguntas retóricas ao caso concreto, o que quero dizer é que hoje Portugal é uma país dependente, principalmente dos lugares onde se meteu. A nível económico estamos demasiado dependentes da União Europeia, e nem vale a pena observarmos com atenção o nosso nível de importações a nível de consumo, pois o resultado diria que a maioria vem de Espanha. Em caso de crise grave que faremos?
Ou seja, se sendo membros da NATO e da UE consolidamos a nossa independência terrestre, a nível económico estamos cada vez mais dependentes. E isso também é um problema que condiciona a nossa liberdade.
Não resisto mais uma vez a relacionar este caso com o de Salazar, e a citar o professor Marcelo Rebelo de Sousa que dizia que Salazar considerava que era necessário "haver uma liberdade controlada", pois como dizia o professor Jaime Nogueira Pinto no documentário acima referido, Salazar sabia "que sem a liberdade de Portugal, não existe liberdade dos portugueses". E por isso o professor de Coimbra tanto se preocupou com o problema económico.
E parece que as pessoas também já começam a perceber o problema das relações Portuguesas com a UE, mesmo sem nenhuma defender a saída de Portugal de tal união.



Triste para mim, é ver a falta de amor ao país que isto denota. A história, o passado, nada interessa, tudo ficou para traz. Onde colocaremos então aqueles que no passado se bateram pela nossa pátria?
E quem nos defenderá quando corrermos perigo?
Sinais dos tempos e dos valores.
E que tristes sinais...

Monday, October 01, 2007

Adenda ao Post Anterior



Acho que o Herman tem perdido graça com o passar dos anos, mas foi objectivo.

"A escola não é a família"

Quem o diz é João Grancho, presidente da Associação Nacional de Professores, em entrevista à revista Xis, por Margarida Lancastre



João Grancho clama pelo estabelecimento de um "pacto educativo" que estabilize de uma vez por todas o ensino em Portugal. Aponta o dedo às dezenas de Governos, de todas as ideologias, e não exclui nenhuma facção da sociedade na sua quota-parte de responsabilidade para o estado de violência e impunidade que se vive na escola.

Aquilo que sobressai da denominação da vossa associação é ser uma "associação" e não um sindicato.
A Associação Nacional de Professores não é uma organização sindical. Já existem sindicatos que cheguem. Não é esse o nosso objecto.

Qual é o objecto e quais os objectivos da Associação Nacional de Professores?
Contamos, de momento, com cerca de 12 mil professores. Ocupa-mo-nos do ensino em todas as suas vertentes, desde o ensino básico até ao nível superior. Desejamos definir, de forma clara e objectiva, quais as componentes caracterizadoras e indispensáveis ao ensino e aos professores de cada um destes níveis. Acima de tudo, centramo-nos nas questões ligadas com a profissão e o seu exercício, na garantia de qualidade, com a ética e com a deontologia ligadas ao exercício da profissão.

Pretendem criar um consenso no seio de tamanhas divergências e alterações permanentes?
É urgente, indispensável, que se constitua uma base comum consensual para o ensino, que se mantenha inabalável contra todas as políticas e contrapolíticas que se sucedem, até à exaustão, no nosso país. Há 20 anos que defendemos a existência de um quadro ético e deontológico para o exercício da profissão de professor, que clamamos por estas medidas como condições indispensáveis à melhoria da qualidade educativa no país.

É nesse sentido que desejam criar uma Ordem dos Professores e mesmo Colégios de Especialidades dentro da Ordem?
É indispensável que exista um organismo, como uma Ordem, que proceda, não ao corporativismo e à defesa dos próprios interesses dos seus associados, mas a uma auto-regulação exigente da profissão de professor, no interesse de toda a sociedade, para que o exercício da profissão traduza um serviço de qualidade com garantias asseguradas e verificadas.

Quer isso dizer que considera necessário controlar e avalizar quem exerce o ensino nas escolas do país?
O ensino tem sido invadido por aquilo a que chamo de "indiferenciados", isto é, indivíduos que não possuem nem a vocação nem a preparação adequada para a docência. É urgente que exista um órgão - a Ordem, neste caso - que fiscalize e leve a cabo o reconhecimento da capacidade e da competência para ensinar de cada potencial professor. Apenas a certificação e a acreditação do professor para o ensino pode garantir a sua qualidade.

Concorda que existe um desfazamento entre a formação no ensino superior e a realidade posterior em que um futuro professor se insere?
O desligamento entre o ensino superior e a realidade é total. Era necessário criar-se uma concertação entre o ensino superior e as escolas, de forma a que as realidades se tocassem mais estreitamente. Os nossos cursos superiores possuem uma dimensão teórica muito forte e uma dimensão prática ínfima. A aproximação à docência carece de um período de indução da função docente. Defendemos que o docente seja primeiro inserido no meio escolar num regime de tutorado e que esse período seja sujeito a avaliação. Só depois deste período se passaria ao recrutamento escolar, após o qual ainda existiria um ano probatório para que, então sim, se procedesse à aceitação desse professor.

Há quanto tempo se fala neste tipo de necessidade?
Falamos nestas necessidades há 25 anos, em teoria, até à exaustão. Mas em termos reais, na prática, a evolução foi nula. Existiram fundos comunitários para apoiar toda esta remodelação premente na educação. E o retorno foi nulo.

Continua a persistir a ausência de uma visão integrada do sistema educativo?
Quando olhamos para trás e verificamos que, em 30 anos, tivemos 24 ministros da Educação, o panorama é avassalador. Persiste a ausência de uma visão integrada, persiste a falta de um esqueleto básico consensual, persistimos em não ser capazes, sequer, de estabelecer um quadro de referências comum, a partir do qual se possa, finalmente, começar a trabalhar efectivamente para algo que seja um bem comum.

O psiquiatra francês Patrick Delaroche vem defendendo há anos que a educação não pode ser uma questão de esquerda ou de direita, que tem de ser estabelecida sobre um conjunto de regras básicas, sobejamente reconhecidas, para educar qualquer ser humano. Concorda com a necessidade de se efectuar um "pacto de regime" no que se refere à educação?
É crucial que se efectue um "pacto educativo". É urgente que sejamos capazes de chegar a um compromisso educativo entre todas as forças políticas. A posteriori, aceitar-se-iam alterações pontuais, mas estas já elaboradas sobre um esqueleto básico consensual, mais ou menos imutável.

A escola parece servir de bode expiatório para tudo porque, por outro lado, parece exigir-se dela tudo...
À escola, na actualidade, exige-se tudo. Tudo aquilo que não se exige aos Governos, nem aos pais, espera-se que a escola dê. Mas a escola não pode colmatar todas as falhas da sociedade. A sua função é, acima de tudo, ensinar. A escola não é a família.

Mas é óbvio que os alunos transportam para a escola todos os seus problemas económicos, sociais e familiares que aí transparecem...
Por isso é que as escolas, para além dos professores, têm de estar apetrechadas com técnicos especializados, das áreas da Psicologia, Sociologia ou Assistência Social, para que possam lidar com as situações carenciadas a esses níveis. O professor não pode, nem deve, ter capacidade para lidar com tudo. A função essencial da escola é ensinar e não se pode esperar que sejam os professores, em prolongamento de horários, a colmatar falhas e a resolver problemas graves para os quais têm de existir especialistas.

Muitos pais depositam os filhos na escola e esperam que esta lhos devolva educados.
Os pais demitiram-se de qualquer tipo de responsabilidade perante os filhos, não se dão ao trabalho de os educar. Mas não podem ser os professores a preencher todas as lacunas sociais, familiares e psicológicas dos alunos.

Aquilo que sucede entre nós não é um caso isolado, alunos insolentes e violentos surgem um pouco por todo o lado - de França aos EUA...
Os EUA acordaram para o problema da pior forma, com os tiroteios de adolescentes. Neste momento começaram a criar comunidades de pais com a presença de médicos, psicólogos e assistentes sociais, para levar a cabo um trabalho exaustivo, de equipa, para trabalhar sobre as falhas graves a todos os níveis que estas famílias apresentam. Isto não poderia ser levado a cabo apenas pêlos professores. É necessário existirem esforços concertados e sequenciais no acompanhamento destes casos difíceis...

O que se torna difícil no ensino português, pois tanto os alunos como os professores mudam de escola de ano para ano, de ciclo para ciclo. A irregularidade e dispersão é total...
Essa é outra das pedras de toque da Associação. A promoção da fixação dos alunos e dos professores. Combater a mobilidade. Uma "regionalização da educação" possibilita o estabelecimento de uma cultura de proximidade entre a escola, o aluno e o professor que permite aproximar a solução dos problemas aos mesmos. E não é com a fixação de três anos de um professor a um local. Sei de uma criança que apresentava graves problemas ao nível escolar que apenas foram detectados muito tardiamente pêlos quatro únicos professores, de entre 14 existentes, que, de facto, conheciam a criança e a sua família. Apenas com uma cultura de proximidade podemos aproximar as soluções e os problemas.

Considera essencial a autonomização das escolas?
É indispensável que a escola possa desenvolver uma maior autonomia. Mas ela tarda em sair do papel. Existem estruturas regionais que mais não são que delegações do Ministério da Educação (ME) no plano administrativo. A Administração alimenta uma profunda desconfiança perante a autonomia pedagógica das escolas. Mas é essencial que exista autonomia a esses dois níveis.

Como, aliás, existe nos estabelecimentos de ensino privado: um conselho pedagógico e uma administração financeira, dirigindo cada uma a sua "área", não impedindo que dialoguem entre si.
Esse seria o modelo ideal. Uma gestão administrativa e uma gestão pedagógica, em articulação com os conselhos de docentes e com os conselhos de turma.

Como é que se chegou a este estado de degradação da imagem e da dignidade da escola e do professor?
A escola, neste momento, funciona como bode expiatório para tudo e para todos. Mas o Governo e a sociedade têm de parar e debater séria e decididamente o que querem que a escola seja e o que querem que o professor seja. Considero que os Governos têm desejado conquistar a sociedade através da diminuição da dignidade do professor. Aquilo que é deixado perpassar para a sociedade é que o professor é bem pago, não cumpre e é responsável pelo insucesso geral da sociedade. Tem sido levado a cabo um processo de destruição da auto-estima e de desacreditação do professor que o leva a um progressivo alheamento da sua profissão.

Daí a necessidade de recorrer à criação de uma Linha telefónica SOS Professor?
A necessidade de criação de uma linha telefónica de apoio ao professor passa por tudo isso. Passa pelo registo de 1200 agressões verbais, psicológicas, e mesmo físicas, das quais os professores foram vítimas, pêlos seus próprios alunos, nas suas próprias salas de aula, apenas em 2004/2005. Passa pela incapacidade de punir comportamentos que fogem, na totalidade, a qualquer parâmetro ético, moral ou cívico, de forma célere e justa. Passa pela impunidade destes comportamentos. Passa, como já disse, pela desacreditação da figura do professor. Pelo stress, pelo mal-estar...

As situações que relata são inacreditáveis...
Chegámos ao ponto de termos escutado, por parte do ME, o seguinte: "Os professores têm de estar preparados para serem agredidos em escolas com ambientes de violência". Ou seja, passe a ironia, parece que, na actualidade, as escolas se gradam pelo tipo de violência para a qual o professor tem de estar preparado: "nível A: possíveis facadas, agressão física; nível B: possível agressão verbal, desrespeito, desobediência"...

Mas também tem referido uma situação inesperada que é o temor que existe entre pares de pedir auxílio e falar abertamente das dificuldades de cada um...
Infelizmente, no ensino, falha a partilha e troca de informação. Entre pares existe o temor de se levantar uma dúvida ou um problema, pelo receio de ser apontado ou desconsiderado. Mas assim não vamos a lado nenhum, há que discutir e partilhar. Há que existir a possibilidade permanente de um professor, ao sentir uma insuficiência de conhecimento em determinada área, poder recorrer às Escolas Superiores de Educação, que não deveriam fechar. Há que clamar por uma qualidade cada vez mais exigente.

Daí que se insurja contra aquela que considera vir a ser uma diminuição da exigência quanto à preparação dos professores do ensino básico...
É um erro crasso que se aposte mais nos professores do ensino superior. Quanto a mim, esta atitude pode apenas advir de um subterfúgio para a não desertificação das universidades. Já sabemos que o ensino básico é a pedra basilar da educação. A preparação destes professores deve ser tão profunda quanto possível, de modo a preparar e antecipar da melhor forma a aprendizagem do aluno.

Como explica este paradoxo de, perante um mundo laborai cada vez mais exigente e competitivo, a exigência na escola ser cada vez mais diminuta?
A escola tem sido alvo das mais variadas correntes pedagógicas. Das mais directivas [o professor como veículo de passagem de informação] às mais construtivistas [a teoria de que o aluno aprende a aprender sozinho]. Mas penso que tem, acima de tudo, sido alvo, ou reflexo, de um aligeiramento social. Uma sociedade permissiva e banalizada, banaliza, cada vez mais, a escola. Uma banalização e permissividade que, em suma, desembocam na ausência de liberdade e de democracia.

Mais uma vez sublinha que nada disto tem relação com comportamentos ideológicos...
Isto tem que ver com aquilo que é o civismo básico da convivência em sociedade. O Governo tem de decidir o que quer para a sociedade, o que quer para a escola. Com atitudes como as passagens administrativas de ano, com atitudes como a ausência de aferição de conhecimentos, não vai a lado nenhum.

Haverá responsabilidades a apontar à Comunicação Social?
A Comunicação Social deveria procurar saber o que é verdadeiramente a escola e o que lá se passa...

Existe a tentação de atacar sistematicamente a autoridade?
Autoridade não é autoritarismo, sublinhe-se. Tem de haver normas e valores, executados e controlados para viver em democracia, de forma cívica. A autoridade é inerente ao exercício da profissão e advém da competência. Os alunos têm de saber que estão numa organização com normas, pelas quais todos nos temos de reger, para que o processo de ensino e de aprendizagem decorra em paz e com sucesso.

Estamos a perder a batalha social?
Quando aquilo que qualquer jovem observa no topo da hierarquia social - seja no âmbito político, empresarial ou administrativo - é a violação da honestidade e da ética, para não falar na desobediência à própria lei, e a impunidade e prestígio com que essas pessoas se passeiam na sociedade, interroga-se: "Para quê o esforço?" Como pode a escola ensinar ou transmitir aquilo que a sociedade não representa? x

Salazar figura histórica

Descobri esta história à pouco tempo, e não quis deixar de a postar aqui.
Salazar tornou-se eterno por si próprio e também - devemos dizê-lo com frontalidade - devido aos seus "inimigos".
Mas António Ferro conseguiu mais que isso. Colocou-o na história ainda antes de ele ter nascido.

O PSD aos Altos e Baixos

O momento alto do PSD nesta ultima semana...



..... e o momento Baixo.



Não estou só a parodiar com o tamanho de Marques Mendes.
Estou também a fazer uma referência à vergonha das eleições que sucederam no passado fim de semana dentro do "maior partido da direita" como o próprio se assume.
Um partido desacreditado como o PSD conseguiu ainda se submeter mais ao descrédito.
É verdade que como líder, Marques Mendes não existe. Não tem carisma. Não é oposição. No fundo, não é(foi) nada a não ser o líder do PSD. E isso por si só não chega para nada, como também só serviu para apagar mais o próprio partido.
Menezes é esperar para ver. Mas confesso que não acredito no seu sucesso. Deus queira que eu esteja enganado. Mas penso que será necessário muito trabalho para alcançar o crédito que lhe é exigido. É necessário muito esforço para se tornar opção.
Entretanto o PSD teima em continuar um vazio ideológico, muito por parte da multidão de ideias que pretende abarcar. E isso prejudica-o. Temo (sei?) que esta mudança não alterará em nada este seu seu modelo. Prefere ser o partido com mais apoiantes "de direita(?)", do que um partido que defenda ideias de verdadeira direita. E isso, quando se pretende alcançar o poder, não só não é um projecto decente e capaz, como é também responsavél pelo falhanço total das governações.
Deste 1974 que a direita raramente vê o poder. E por isso não se pode dar ao luxo de cometer erros. É um momento frágil. E só se emenda isso com sucesso. Coisa que até hoje tem sido rara.
Infelizmente parece-me que ou uma catástrofe acontece a José Sócrates ou então vencerá de novo em 2009, por falta de opositores credíveis.
Pena é que Santana Lopes só se destaque nestes momentos. Quando esteve no governo, o país encontrava-se numa desorganização total, muito parecida com a actual. Mas também é verdade que ele não tinha o tão necessário apoio popular nem legitimidade democrática.
Este PSD não serve o país.
Nem este CDS.
Já nem sei o que serve ou pode servir Portugal. Mas parece-me que, independentemente de esquerda ou direita -hoje tão confundidas uam com a outra- o que Portugal precisa é de verdadeiros nacionalistas (na mais pura e verdadeira acepção da palavra) que se entreguem e se esforcem no sentido de tornar Portugal melhor.
Pois desta forma acreditem que acabamos. E não é do modo que Saramago propaga. É mesmo devido a um suicídio nacional.

O Sonho que comandaria a Vida



Não nego que esta parte do documentário me deixa sempre a sonhar.
Aqueles série de imagens e respectivo discurso que as acompanha entre o minuto 02:07 e o 04:20 (neste caso, como o tempo é contado do fim para o principio, estou a referir-me ao período compreendido entre o minuto 06:08 e o 03:54) não me são indiferentes. E deixam-me romanticamente sonhando e desejando ter nascido noutros tempos e noutra época.
Realçam aquele amor à terra, à pátria, ao país, que hoje me parecem tão distantes e tão raros.
Um desejo de servir. Um dever de servir.
Um amor... sei lá.

Sunday, September 23, 2007

Um dia para esquecer

Hoje, um dia para esquecer!

Os Exemplos Propostos



O esforço e empenho de tantos portugueses para que Aquilino Ribeiro não entrasse no panteão nacional foram em vão.
E é pena que assim seja.
Aquilino Ribeiro entrou, e certamente entrou para lá ficar.
E é nestes momentos que a história se torna um pouco estranha, mesmo obscura, para qualquer cidadão vulgar e comum como eu.
Aquilino poderá ter sido de facto um grande escritor. Não nego o seu talento para escrever, mas Aquilino não se resume a esse poder, que de facto tem valor.
Aquilino era mais que um escritor. Era um português que se envolveu em revoltas politicas, era um maçon que participou de forma assumida num atentado bombista e no regicídio.
E isso são factos que não podemos ignorar só por se tratar de um homem talentoso na área da escrita.
Questionarmo-nos para que serve afinal o panteão, é algo pertinente nos dias de hoje.
Porque se serve apenas para homenagear homens talentosos, haverá muitos que ai faltam; se serve para construir uma memória histórica, e nele habitariam as suas grandes figuras, então teríamos que ali colocar mais meio mundo para que a história não se tornasse facciosa; se serve de mera homenagem, é triste reparar, que tantos escritores de tamanho talento e amor à pátria ficam esquecidos, enquanto estes (este, Aquilino, particularmente) são de novo lançados, e impingidos aos jovens, como se fossem personagens históricas cheias de virtude e de valores.
E faz ainda mais sentido questionarmo-nos quando vemos o que está escrito no Wikipédia sobre este tema, onde o autor do artigo deixa em tom de proposta, a seguinte ideia: "A presença do túmulo de António Óscar de Fragoso Carmona no mesmo local onde está sepultado Humberto Delgado não deixa de ser paradoxal, apesar de ainda não ter sido feito nenhuma proposta para a trasladação do primeiro para outro local."
Carmona já lá estava antes de Delgado. E digamos também que fez mais pela nação que o "General Sem Medo".

Friday, September 21, 2007

De Regresso (a meio gás) com Eça



"O país perdeu a inteligência e a consciência moral.
Os costumes estão dissolvidos, as consciências em debandada.
Os caracteres corrompidos. A prática da vida tem por única direção a conveniência.
Não há princípio que não seja desmentido. Não há instituição que não seja escarnecida.
Ninguém se respeita. Não há nenhuma solidariedade entre os cidadãos.
Ninguém crê na honestidade dos homens públicos.
Alguns agiotas felizes exploram.
A classe média abate-se progressivamente na imbecilidade e na inércia.
O povo está na miséria.
Os serviços públicos são abandonados a uma rotina dormente.
O Estado é considerado na ação fiscal como um ladrão e tratado como um inimigo.
A certeza desse rebaixamento invadiu todas as consciências.
Diz-se por toda a parte, o país está perdido!
Algum opositor do atual governo ?
Não!"

Eça de Queirós, 1871