Monday, July 02, 2007

Para bem da História



Para bem da história fica aqui o gráfico da evolução/redução do analfabetismo em Portugal desde 1878. A fonte é a Internet.
A primeira república que se inicia em 1910, encontra um pais com cerca 75,5% de analfabetos (1911), sendo que a sua maioria vivia no campo . Até ao seu fim, a primeira república reduz cerca de 7% este problema.
O Estado Novo inicia-se em 1933, sendo que se depara com uma percentagem de analfabetos de 66%. A politicas aplicadas à educação resultam, e em 1970 a percentagem é apenas de 20,5%, o que representa uma taxa de redução de 1,14% ao ano.
21 anos depois, ou seja, em 1991, a taxa é reduzida de 20.5% para 11%. Reduz cerca de 9%, o que significa uma redução anual de 0.4%.
10 anos passados, realiza-se o ultimo inquérito ao país, o censo de 2001. O resultado indica que a taxa de analfabetos em Portugal é de 8,8%.
Numa das pesquisas, encontrei uma frase de Salazar que dizia que «o analfabetismo em Portugal vem de longe e isso não impediu que a nossa literatura fosse em determinadas épocas extremamente rica». A frase de Salazar vem acompanhada por um comentário do autor do artigo: "A afirmação (de Salazar) identifica o campónio que idealizou a PIDE, dispensa comentários". Ou isto é mera ignorância ou é sinal de um ódio desmedido. Como se em 1888 não houvesse um Eça de Queirós a escrever Os Maias, um Antero de Quental, ou em 1800 um Almeida Garrett e em 1870 um Alexandre Herculano, em 1900 um Fernando Pessoa ou um Mário de Sá Carneiro, ou em 1930 um Joaquim Paço d'Arcos!
Talvez riqueza da literatura não se classifique por certos princípios, que estes que agora citei, tão bem traduzem. Mas nesse caso sou eu, que fruto de uma educação pós Abril de 74, sai deseducado.

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