Thursday, May 28, 2009

Ainda Obama

Já me tendo pronunciado sobre o tema, achei por bem colocara imagem com que nos brindou O Inimputável!

28 de Maio: Uma Imagem, um Livro e um Filme

Uma Imagem


Um Livro


Um Filme

O Único Desligar de Máquina Aceitável

A propósito dos acontecimentos de hoje.

Os Benefícios do 28 de Maio

Em resposta a acontecimentos protagonizados hoje, deixo duas imagens de inequivoca qualidade expressiva.


Tuesday, May 26, 2009

Maio

A Porta do Cavalo



TESTAMENTO VITAL? Depende. Na teoria, o projecto-lei do PS permite que qualquer pessoa, na posse das suas faculdades mentais, possa expressar por escrito os cuidados médicos que deseja ou não receber caso perca a sua autonomia. Mas existem cuidados médicos e cuidados médicos. Uma coisa é recusar tratamentos invasivos, dolorosos e absolutamente inúteis. Outra, bem diferente, é incluir na categoria a água e a alimentação, o que inversamente implica matar o paciente à sede e à fome, ainda que por vontade deste. Será possível contemplar o cenário sem um arrepio de horror pela espinha abaixo? Sem acautelar a distinção moralmente relevante entre ‘aceitar a morte’ e ‘abandonar à morte’, a proposta do PS será apenas uma forma iníqua de introduzir a eutanásia pela porta do cavalo.

João Pereira Coutinho, in Correio da Manhã de 24 de Maio de 2009

Saturday, May 23, 2009

Thursday, May 21, 2009

Ouçam bem isto, e pensem que podiam ser os vossos filhos...



Espero que todos se lembrem que a nova lei de educação sexual garante a tranversalidade? Pois é, e isto é assim ainda sem a nova lei em vigor...

Como será quando a lei proteger esta professora, que estará só a cumprir o seu dever, apesar de ser em modos desconformes?

Tuesday, May 19, 2009

A Traição do Direito

Conceder o grau honorário a quem não o merece é injusto. E a coisa ganha contornos graves se se trata de Direito.

Ser Honoris Causa em Direito significa que se agiu em prol da justiça, e a justiça não é uma palavra vã, não é uma convenção. Ela é real e objectiva, e "a primeira maneira de a servir é defender a sua existência, é colocá-la acima do indivíduo e do Estado, da Liberdade e da Autoridade, como princípio superior da organização social"(Manuel Cavaleiro Ferreira).
Se nos esquecemos do que é a justiça, então esquecemos-nos do que é o Direito, porque sem ela não há Direito.

E isto não é teórico. Se a Justiça só existe quando se dá a cada um o que é seu, então, dela faz parte o exercício livre por parte de cada um do seu direito, que não pode ser obstado por pessoa alguma, nem pelo Estado, nem pela sociedade.
E quando falamos de aborto, o problema é muito simples: a justiça obriga ao respeito pela vida e pelo direito à vida de todos os seres humanos.

Mais: o Direito não é valorativamente neutro. Ele é, como dizia Ozanam, "obra das nossas necessidades morais: tem as suas origens no fundo dos mais secretos recessos do coração". Gomes da Silva lembrou que o Direito nasce do Homem e para o Homem, "como elemento intrinsecamente constitutivo da essência humana", que se funda na pessoa humana concreta, como ser individual racional e livre, e à qual não pode negar a personalidade, ou seja, a qualidade de ser pessoa, e a dignidade que lhe é inerente, e cabendo-lhe ainda o papel de ser meio acessório para garantir a realização do Homem, tendo por isso um conteúdo ético. E no mesmo sentido Larenz e os modernos autores consagraram o Personalismo Ético como fundamento de todo o Direito, porque cada pessoa é portadora de uma dignidade originária e inerente desde a concepção, que não pode ser alienada, extinta ou reduzida. Porque Direito não faz nascer as pessoas e não pode evitar que morram, também as não pode matar.



Mas há um problema de deturpação ou de esquecimento. Há um erro; há uma falsa percepção da realidade, mais causado do que instantâneo e inocente. E enquanto este erro se mantiver, enquanto o problema do aborto não for observado tal qual é, não como conflito de direitos que não é, não como direito de propriedade que não é, mas como o direito à vida de todos, inclusive dos não nascidos, que requerem maior protecção pela sua fragilidade, então a sociedade dar-se-á tristemente ao luxo de ser injusta, eugénica e criminosa. E por isso, o que a Faculdade de Direito da Universidade de Notre Dame faz atribuindo Graus Honoris Causas mais políticos que merecidos, é premiar criminosos. E isso é um erro. Aliás, é um incentivo ao crime. E é absolutamente contrário ao Direito.

Obama é um produto da cultura moderna, um politico populista e teatral, que usa palavras belas que enchem auditórios e avenidas, congregam multidões, ouvintes cegos que não se importam que aquelas sejam completamente vazias. É tudo show of. É tudo fogo de vista. Mas ninguém quer saber. Tudo grita "Vamos, vamos todos juntos, isso mesmo, «Yes, We Can; Yes, We Can; Yes, We can»". É no fundo um deus moderno, pagão, vitima de adoração.
E agora, quem se opõe é preso, pois professa contra essa "nova religião". Como se fosse um crime ser-se contra.

As suas medidas são irreflectidas e populistas. Não têm qualquer conteúdo ético. São rodeadas de ornamentos que são as suas poéticas palavras vazias, ou as anedotas sobre Bush, mais o retrato da família feliz, etc. É tudo populismo, falsidade, vazio. Mas o povo gosta. E enquanto se dá o "pão para o povo", vai-se tornando a "humanidade humanicida" (J.P. Viladrich), e vai-se traindo ao poucos, a nossa frágil e bela Justiça, e tornando o que é Direito, em "torto"(M. Gomes da Silva).

PS: Já viram este vídeo?

O que tu não és é Católico!



É um católico mesmo praticante? Vai à missa?
Sim, mas sou um progressista, não me revejo na moral de costumes da Igreja Católica, na não ordenação das mulheres, no não casamento dos padres.

Defende o casamento dos padres?
Em primeiro lugar defendo a ordenação das mulheres. Não compreendo que hoje, 2009, a Igreja tenha esta restrição. Olhe, o São Paulo, que tem aura de ser um autor sexista, em grande parte das igrejas que fundou as chefes eram mulheres. O que revela bem que o estatuto da mulher não era assim tão subalterno quanto pode parecer da leitura de alguns textos.

Na Igreja é.
Na igreja institucional, sim. Mas com Jesus Cristo não. Tudo o que se conhece até aponta para um certo escândalo por ele ter mulheres apóstolas. E São Paulo também, curiosamente.

Concordou com a despenalização do aborto?
Eu estou de acordo com a posição da Igreja quanto ao aborto e à eutanásia. No resto não. Nos anticonceptivos sou um radical activista contra as posições da Igreja. Na moral sexual em geral sou contra: casamento, divórcio, a questão dos homossexuais.

Defende o casamento gay?
Não é uma coisa que eu defenda hoje. Defendo uma instituição à parte.

A solução inglesa?
Um instituto análogo ao casamento. Para a sociedade portuguesa seria a melhor solução agora. Não porque eu não reconheça o direito? Eu percebo muito bem as reivindicações dos activistas e das activistas dos movimentos gay, mas acho que sociologicamente também temos que respeitar as convicções da maioria da população portuguesa, que é muito conservadora nesta matéria. Temos de encontrar um equilíbrio. A terceira via é um bom equilíbrio. Aliás, nas associações activistas há uma certa contradição. Elas dizem: agora falamos em casamento e mais tarde na adopção, é preciso um primeiro passo. Mas eu acho que é preciso um primeiro passo antes do casamento. Se aceitássemos a teoria gradualista, criavam-se menos fracturas.

Primeiro a união civil, depois o casamento, a seguir a adopção? Também defende a adopção?
É uma questão muito problemática.

Mas um homossexual é menos bom pai que...
Não, não é menos. Não é menos. Não é menos.

Então?
Mas eu percebo que há aqui questões sociológicas, de respeito pelas convicções dominantes na sociedade. E também têm de ser tidas em conta, não há aqui só direitos de uns. Prefiro uma engenharia social gradual. Mas acho que é aqui, na relação com os homossexuais, que a Igreja deveria abrir mais. Em toda a moral sexual é preciso uma grande renovação na Igreja. E há coisas que não compreendo de maneira nenhuma: a ordenação das mulheres, o casamento dos padres, a questão dos anticonceptivos, não percebo como é que se consegue continuar com este discurso.


Eis porque não voto PSD.

Convite

O Sexo Oral



Não passaria pela cabeça de ninguém a imposição de uma disciplina de educação religiosa nas escolas. Por mais neutral ou ‘científica’ que ela fosse. O acto seria sempre uma intromissão do Estado no reduto mais privado da existência. Mas este raciocínio não se aplica à vida sexual. Nestas matérias igualmente íntimas, o Estado entende que é seu dever educar os petizes nos misteriosos caminhos dos lençóis.

Tolero a bizarria. Mas não tolero que o Estado, nas suas prédicas sexuais, substitua ‘factos’ por ‘doutrina’; ou, pior ainda, que as famílias não tenham a liberdade para retirar os seus educandos da disciplina. Sobre os preservativos nas escolas, um aviso: a última vez que o governo distribuiu material pelos alunos, os Magalhães estavam cheios de erros. Espera-se que, desta vez, os preservativos não venham furados.

João Pereira Coutinho, in Correio da Manhã de 17 de Maio de 2009

Friday, May 01, 2009

Sociedade Proletária!

Claro que somos uma sociedade proletária, ou não procura-se a constituição implementar o "socialismo".
Hoje é feriado.
Porquê?
O trabalho é humano, faz parte do homem e onde este se realiza. Trabalhar é um acto importante na medida em que o seu fruto é necessário, mas banal porque é algo inteiramente normal.
Fica a duvida se isso será motivo para ser feriado?
E mais: numa época onde há tantos desempregados, chego a pensar se não será até discriminatório...