Monday, November 24, 2008

Proposta para hoje : Jogos Africanos

É hoje lançado o livro Jogos Africanos de Jaime Nogueira Pinto. A apresentação será feita pelo embaixador Francisco Seixas da Costa e terá lugar na Associação Comercial de Lisboa pelas 18h30.



Jaime Nogueira Pinto, JOGOS AFRICANOS, A Esfera dos Livros, Lisboa, 2008, 544 pp.

Sobre o livro, ver o que escreveu o autor no JN.

Sunday, November 23, 2008

Exmos Senhores, Comunico-lhes o seguinte

Gosto muito de livrarias. E será também por isso que muito me agrada passear pelo Chiado.

Ontem, antes de ir para o Teatro Nacional de São Carlos, onde está em cena o Quebra Nozes, decidi visitar a Sá da Costa, que pensava já ser outra coisa qualquer. Para minha alegria, informou-me um dos empregados que estavam no balcão, que ainda se mantém o mesmo nome, e que estão apenas em remodelação.

As ultimas vezes que lá havia ido, as salas do fundo estão sem acesso. Não foi o caso de ontem. Pude então viajar por todos aqueles salões literários. Foi uma maravilha, embora se tenha perdido uma das coisas que mais me agradava naquela livraria, e que me parece, lhe concedia um ar idílico: já não há montanhas de livros desarrumadas onde me perdia durante horas em busca de uma pérola perdida.

Já não há mesas desarrumadas, mas as pérolas mantém-se.
E apesar de esta estar lá num canto cheio de pó e solitário, não deixei que desta me fugisse e me escapasse de novo. Era o último. Mas agora é meu!
Ecce Opus.

Saturday, November 22, 2008

Faria hoje 110 Anos


René Magritte - Le Mal Du Pays (1940)

"Nem o leão, nem o homem alado têm nada a ver com a ponte. Eles encarnam a melancolia daqueles que sabem que a verdadeira vida está sempre algures, é coisa que não existe."
- R. Magritte

Elvis Presley - Jailhouse Rock (1957)

Friday, November 14, 2008

Uma Grande Obra, Um Grande Filme



Invocando Leonardo Coimbra



A verdadeira presença depende da ausência e da separação dos seres "Deus Separa para melhor unir"


(adaptado)

Wednesday, November 05, 2008

Coisas que só acontecem à Direita!

«São pormenores, nem sequer lapsos. "Barracas", trapalhadas, só com gente de "Direita".»
Pedro Santana Lopes

McCain



Digam o que disserem, prefiro mil vezes este discurso, ao repetitivo "Yes We Can".

"I'm going to fight for my cause every day as your president. I'm going to fight to make sure every American has every reason to thank God, as I thank him: that I'm an American, a proud citizen of the greatest country on Earth, and with hard work, strong faith and a little courage, great things are always within our reach. Fight with me. Fight with me.

Fight for what's right for our country.

Fight for the ideals and character of a free people.

Fight for our children's future.

Fight for justice and opportunity for all.

Stand up to defend our country from its enemies.

Stand up for each other; for beautiful, blessed, bountiful America.

Stand up, stand up, stand up and fight. Nothing is inevitable here. We're Americans, and we never give up. We never quit. We never hide from history. We make history.

Thank you, and God bless you and God bless America"


(Excerto pescado aqui)

Monday, November 03, 2008

II Round (Para os mais Distraídos)

No post anterior citei um excerto do prefácio do livro Minhas Memórias de Salazar da autoria do Professor Marcello Caetano. Mas para os mais distraídos, alerto agora para um indiscreto contributo contido na obra, para a novela levantada pelo conhecimento publico das cartas do ex-presidente do concelho.



"Raia a aurora das mais amplas liberdades em 25 de Abril de 1974. Na primeira reunião após o acontecimento o Conselho da Faculdade aprova, por unanimidade(1), uma moção em que, recordando os serviços prestados durante tantos anos à escola pelo professor que acabava de ser deposto da presidência do Conselho de Ministros, faz votos por que ainda um dia o veja de novo restituído à Cátedra que honrou: e esse voto foi bastante para que todos quantos nele participaram se vissem privados dos seus lugares, afastados do ensino, "saneados" como se dizia, sem forma de processo.
Aí está como em Portugal num lado se põe o ramo e noutro se vende o vinho.

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(l) Na ausência do Dr. Diogo Freitas do Amaral. Este meu antigo assistente e dedicado colaborador tem declarado repetidas vezes que se estivesse presente seria incapaz de votar o que se votou..."

Sunday, November 02, 2008

Alguns Motivos pelo Museu, na senda d' "A História de um Museu"

(ou seja na senda disto)

"Salazar deixou atrás de si uma herança que pode ser contestada mas não ignorada"Gonçalo Sampaio e Mello

"António de Oliveira Salazar é, queiramos ou não, seja-se a favor ou contra, admires-se ou execre-se, uma figura incontornável da nossa vida colectiva recente"António José Ferreira



"P. S. Desculpe-me o leitor mas não resisto a uma comparação entre fatos ocorridos sob o "opressivo regime salazarista" e o dito "das mais amplas liberdades".
A Faculdade de Direito de Lisboa, a cujo corpo docente pertenci durante 41 anos, foi fundada por Afonso Costa, o estadista que nos primeiros anos da República em Portugal concitou contra ele, pêlos seus actos e atitudes, ferocíssimos ódios dos adversários e até de correligionários. Durante muitos anos não se podia falar no seu nome diante de um católico sem ouvir a mais crua manifestação de repugnância e reprovação: ele era a própria encarnação de Belzebu...
Quando a Faculdade foi instalada no magnífico edifício construído pelo governo de Salazar, a congregação dos professores resolveu pedir ao Ministério da Educação Nacional que mandasse pintar os retratos dos antigos directores para figurarem numa galeria de honra. O Ministro deferiu e os retratos começaram a ser executados; mas o de Afonso Costa, que tinha sido o primeiro Director, não aparecia. Soube-se então que havia no Ministério quem fizesse obstrução a que tal personagem aparecesse homenageado num edifício público.
Em reunião do Conselho da Faculdade insurgi-me contra o fato. Defendi a tese de que naquela escola só interessava saber quem a serviu, quem a ela se dedicara e lhe prestara serviços, independentemente do juízo pessoal ou público acerca das opiniões e dos actos políticos de cada um. E propus que, para evitar quaisquer dificuldades oficiais, o retraio de Afonso Costa fosse mandado executar e pago pêlos professores que tinham estudado e ensinavam na escola por ele criada. Aprovada a proposta, com voto contrário de apenas três professores que logo se recusaram a contribuir, foi o retraio encomendado a um pintor que se sabia ser grande admirador de Afonso Costa e pago por nós. O retraio, inaugurado no melhor lugar da imponente sala do Conselho da Faculdade, foi visto, daí por diante, por ministros e autoridades oficiais sem qualquer reparo.
Raia a aurora das mais amplas liberdades em 25 de Abril de 1974. Na primeira reunião após o acontecimento o Conselho da Faculdade aprova, por unanimidade(1), uma moção em que, recordando os serviços prestados durante tantos anos à escola pelo professor que acabava de ser deposto da presidência do Conselho de Ministros, faz votos por que ainda um dia o veja de novo restituído à Cátedra que honrou: e esse voto foi bastante para que todos quantos nele participaram se vissem privados dos seus lugares, afastados do ensino, "saneados" como se dizia, sem forma de processo.
Aí está como em Portugal num lado se põe o ramo e noutro se vende o vinho.

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(l) Na ausência do Dr. Diogo Freitas do Amaral. Este meu antigo assistente e dedicado colaborador tem declarado repetidas vezes que se estivesse presente seria incapaz de votar o que se votou..."
Marcello Caetano

Eis a Questão!

"Há com certeza aspectos jurídicos que podem ser regulados entre a relação de duas pessoas do mesmo sexo, desde que não se lhe chame casamento. Chame-se-lhe qualquer outra coisa, arranje-se um nome. Agora, com o baptismo de casamento...comigo não, com certeza."

Manuela Ferreira Leite, "Diário de Notícias", 02-11-2008

Eis a grande questão que se coloca no que toca a casamentos homossexuais do ponto de vista jurídico.
A questão só pode ser debatida quando se partir do verdadeiro significado do casamento. Até lá é festival, laracha, palpite e calinada. (Ah... e leis da AR a procurarem alterar o casamento através do divórcio!)

Aqui estou contigo Manuela FL!

Coldplay - Viva La Vida



I used to rule the world
Seas would rise when I gave the word
Now in the morning I sleep alone
Sweep the streets I used to own

I used to roll the dice
Feel the fear in my enemies eyes
Listen as the crowd would sing:
"Now the old king is dead! Long live the king!"

One minute I held the key
Next the walls were closed on me
And I discovered that my castles stand
Upon pillars of salt, and pillars of sand

I hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
Once you know there was never, never an honest word
That was when I ruled the world


It was the wicked and wild wind
Blew down the doors to let me in.
Shattered windows and the sound of drums
People could not believe what I'd become
Revolutionaries Wait
For my head on a silver plate
Just a puppet on a lonely string
Oh who would ever want to be king?

I hear Jerusalem bells are ringing
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know Saint Peter won't call my name
Never an honest word
And that was when I ruled the world


Hear Jerusalem bells are ringings
Roman Cavalry choirs are singing
Be my mirror my sword and shield
My missionaries in a foreign field
For some reason I can't explain
I know Saint Peter will call my name
Never an honest word
But that was when I ruled the world

A História de um Museu

A Revista Pública que acompanha o Jornal Público de hoje dedica algumas das suas páginas ao tema - que pensava já esquecido - do Museu Salazar.

"A todos os que me criticam, eu só lanço um desafio: venham para cá criar empregos"
Miguel Cunha





(Clicar nas Imagens para aumentar)


Citando aqui apenas uma das algumas frases do chefe de gabinete do presidente da Câmara de Santa Comba Dão, não deixo de elogiar o seu discurso por o considerar realista.

Verdadeiramente acho que o que a URAP (União dos Resistentes Anti-Fascistas Portugueses) é por si só um direito mal concedido. Não que não tivessem o direito a formar-se ou que não tenham o seu direito a manifestar-se. Mas os direitos são fonte de liberdade. Não são fonte de fim de liberdade. São contra o museu? Muito Bem - não o visitem.
Porque quer queiram quer não, a história já foi feita, independentemente do que dela se diga. Não se apaga. Hoje apenas a tentamos guarda-la, escrevê-la para memória futura. Não vale a pena fingir que não existiu. E hoje sobre ela recaiem divergentes julgamentos.

Mas começo a pensar porque não criar a URACP (União dos Resistentes Anti-Comunismo Portugueses) para que, ambos, possam passar o tempo a fazer frente e lutar contra as iniciativas e projectos de um e outro - e reparem aqui ninguém luta contra obras, luta contra iniciativas e projectos. Projectos esses que se baseiam numa realidade que é a seguinte: 95% da população da vila é pelo Museu; há milhares de pessoas visitam Santa Comba Dão para ver a casa onde nasceu, o túmulo, os locais que Salazar frequentava, e ainda a estátua, que destruida no 25 de Abril, muitos supõem que ainda exista, e desiludidos ficam ao tomar conhecimento da realidade.
Quem o diz não sou eu. É Miguel Cunha, no artigo que aqui vos deixo.