«Ao fim e ao cabo o que sucedeu é que, derrubado o poder autoritário, que defendia ou tinha defendido autoritariamente valores como os da triologia "Deus, Pátria, Família", foi entendido não só que, numa primeira fase, o democrata politicamente correcto tinha que ser contra Deus, contra a Pátria e contra a Família,(...)Numa segunda fase, a esquerda baniu, com sucesso, a ideia de valores objectivos em termos de ética e de costumes (se o Estado é laico e o Papa não tem poder temporal, porque é que se incomodam tanto com o facto de os católicos lhe obedecerem...)»
in Perfácio da terceira edição da obra Portugal - Os anos do Fim de Jaime Nogueira Pinto
É um período do tempo que reúne muitas datas no seu espaço.
Dia 23 de Abril comemoram-se os anos de Frederico Ozanam.
Dia 25 de Abril faz anos a revolução dos cravos (lamento, mas é impossível chamar-lhe da liberdade. Aquele dia só serviu mesmo para promover o cravo na historia de Portugal)
Dia 28 de Abril festeja-se o nascimento de António de Oliveira Salazar.
Não deixa de ser curioso como estes três acontecimentos se podem, e se relacionam.
A 25 de Abril de 1974 dá-se a revolução dos cravos. As manifestações de liberdade e justiça sucedem-se e não passam disso mesmo: meras manifestações de intenções.
O que aconteceu no espaço temporal seguinte foi revolta, crime e roubo. Uma palavrinha para quem diz que foi uma revolução sem sangue: é mentira.
Os governos a seguir não fizeram crescer o país como prometiam e o país caiu de novo no fosso. As promessas de liberdade e democracia morreram.
O antigo lema de Salazar "Deus, Pátria e Família", como ódio dos que o quiseram apagar, foi alterado para "Anti-Deus, Anti-Pátria e Anti-Família". Com isso ruiu a nação e a sociedade portuguesa.
Hoje não há liberdade – no verdadeiro sentido da palavra - nem de ser de direita, nem de sequer de ser religioso.
Ainda há pouco, com a problemática do aborto, o país votou sim, e o primeiro-ministro regozijou e gritou: "está provado que a igreja não manda".
Assim se destroem os pilares da Nação.
Que tem isto a ver com Frederico Ozanam?
Também ele viveu em tempos duros de anti-religiosidade. Dizia que era necessário "honrar o Catolicismo em tempos de paz e defendê-lo em tempos de guerra". Ainda esta missão é necessária, e nos dias de hoje cada vez mais urgente. Cabe-nos a nós seguir-lhe o exemplo.
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