... vem agora o Bettencourt Resendes dar-me razão.
"(...)Aqueles que pensavam que, ao votar em Cavaco Silva, teriam no Palácio de Belém um contraponto político-partidário para a maioria absoluta dos socialistas, já terão percebido que se enganaram redondamente.(...)
(...)Em primeiro lugar, a promulgação da lei que dá corpo aos resultados do referendo sobre a interrupção voluntária da gravidez. Pode dizer-se, é certo, que a mensagem ao Parlamento ameniza a decisão, mas, para quantos esperavam o veto, ou, no mínimo, o envio para o Tribunal Constitucional, é fraca compensação.
Temos, depois, a declaração sobre o eventual referendo a um novo tratado europeu: estavam ainda frescas as reivindicações de responsáveis do PSD e do CDS sobre a realização do referendo, quando Cavaco, em pleno debate báltico sobre o futuro da Europa, arrefeceu o entusiasmo referendário do centro-direita.
A "cereja no bolo" foi a afirmação, curta, mas inequívoca, de Cavaco, a desvalorizar a polémica sobre o currículo académico do primeiro-ministro, encaminhando as atenções do País para os problemas centrais da governação.(...)"
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No entanto, apesar de em parte o artigo dizer algumas verdades, não deixa de conter algumas calinadas, quando diz que Cavaco sempre governou "com marcas severas de autoridade" e que as suas decisões são tomadas de acordo "com aquilo que entende ser o "interesse nacional". Se no primeiro caso, em vez de autoridade colocássemos a palavra "Medo" ai sim, estaríamos mais próximos da verdade. No último, fica a questão, ou Cavaco toma as suas decisões tendo em conta aquilo que entende ser o seu interesse pessoal, e não desagrada à esquerda, porque ela é maioria, ou então não faz a mínima ideia do que é o "interesse nacional".
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