O meu tempo tem passado e eu por me concentrar de mais em outros temas talvez até mais polémicos, tenho deixado no esquecimento um tema bastante importante.
No passado domingo, o Evangelho do dia era o do Filho Pródigo.
Não deixa de ser um Evangelho dos mais conhecidos. Todos em pequenos, na catequese ou na escola, o ouvimos ou ouvimos falar dele.
Mas para além da história que relata, eu vou-me concentrar numa pequena coisa que lhe vem subjacente e que a mim reflecte um pouco o mundo em que vivemos.
No final da parábola, quando o filho mais velho chega a casa e percebe a causa da festa, há o seguinte diálogo:
“Há tantos anos que te sirvo, e jamais transgredi um só dos teus mandamentos, e nunca me deste um cabrito sequer para fazer uma festa com os meus amigos, e agora chega esse teu filho, que gastou o teu dinheiro com mulheres de má vida, e tu matas o novilho mais gordo.
Mas o pai lhe disse: ‘Filho, tu estás sempre comigo, e tudo o que é meu é teu. Mas era preciso que festejássemos e nos alegrássemos, pois este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrou-se.”
Penso que serão mais ou menos estas as palavras de ambos.
Mas o que pretendo referir é uma exigência de beleza que tanto falta nos nossos dias.
É igual dizer “esse teu filho, que gastou o teu dinheiro com mulheres de má vida” ou “este teu irmão estava morto e tornou a viver, estava perdido e foi encontrou-se”. No entanto a segunda forma contém uma beleza muito superior. Deixa-me fascinado esta dicotomia. O primeiro reconhece e procura enaltecer os disparates e erros do passado. O segundo também, mas percebe que o que importa, que o que realmente se joga não o passado mas o presente, que o importante é o facto de ter voltado. Que há mais alguma coisa para além de tudo isto. Que aqui é sempre tempo de recomeçar.
Aqui deixo um exemplo (de beleza):
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