Monday, June 22, 2009
The End - o Fim
Ora ora...

Já à alguns anos que tenho sido o último veencido, o resistente. Ocupava um espaço que sendo meu, não era exclusivo. Desde um passado não muito recente que ponderava terminar a minha tarefa numa casa que não era só minha.
Até o nome no plural me constrangia. Eu fora o primeiro, mas também o último.
Conservador e católico, mudo para uma casa nova. Só minha. Com mais vida e com um passado menos pesado do que esta, porque não o tem.
A razão que motivou o blogue à muito que se perdeu. As amizades mantiveram-se, mas única e exclusivamente no sofá. Longe do ecrã dos computadores.
Outro amigos vieram até/por aqui.
Espero que tanto os antigos como os novos me acompanhem até à nova morada. Uma vida nova, para este último vencido da vida.
Visitem-me, se assim o desejarem, no

Já à alguns anos que tenho sido o último veencido, o resistente. Ocupava um espaço que sendo meu, não era exclusivo. Desde um passado não muito recente que ponderava terminar a minha tarefa numa casa que não era só minha.
Até o nome no plural me constrangia. Eu fora o primeiro, mas também o último.
Conservador e católico, mudo para uma casa nova. Só minha. Com mais vida e com um passado menos pesado do que esta, porque não o tem.
A razão que motivou o blogue à muito que se perdeu. As amizades mantiveram-se, mas única e exclusivamente no sofá. Longe do ecrã dos computadores.
Outro amigos vieram até/por aqui.
Espero que tanto os antigos como os novos me acompanhem até à nova morada. Uma vida nova, para este último vencido da vida.
Visitem-me, se assim o desejarem, no
D. Dichote
Friday, June 19, 2009
Thursday, June 18, 2009
Resultado
Who are you?
Who, who, who, who?
Who are you?
Who, who, who, who?
Who are you?
Who, who, who, who?
Who are you?
Who, who, who, who?
I woke up in a Soho doorway
A policeman knew my name
He said "You can go sleep at home tonight
If you can get up and walk away"
I staggered back to the underground
And the breeze blew back my hair
I remember throwin' punches around
And preachin' from my chair
chorus:
Well, who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
I really wanna know (Who are you? Who, who, who, who?)
Tell me, who are you? (Who are you? Who, who, who, who?)
'Cause I really wanna know (Who are you? Who, who, who, who?)
I took the tube back out of town
Back to the Rollin' Pin
I felt a little like a dying clown
With a streak of Rin Tin Tin
I stretched back and I hiccupped
And looked back on my busy day
Eleven hours in the Tin Pan
God, there's got to be another way
Who are you?
Ooh wa ooh wa ooh wa ooh wa ...
Who are you?
Who, who, who, who?
Who are you?
Who, who, who, who?
Who are you?
Who, who, who, who?
Who are you?
Who, who, who, who?
(chorus)
I know there's a place you walked
Where love falls from the trees
My heart is like a broken cup
I only feel right on my knees
I spit out like a sewer hole
Yet still recieve your kiss
How can I measure up to anyone now
After such a love as this?
Wednesday, June 17, 2009
Introspectivo
I'm here in the fields
I fight for my meals
I get my back into my living.
I don't need to fight
To prove I'm right
I don't need to be forgiven.
yeah,yeah,yeah,yeah,yeah
Don't cry
Don't raise your eye
It's only teenage wasteland
Sally, take my hand
We'll travel south cross land
Put out the fire
And don't look past my shoulder.
The exodus is here
The happy ones are near
Let's get together
Before we get much older.
Teenage wasteland
It's only teenage wasteland.
Teenage wasteland
Oh, yeah
Teenage wasteland
They're all wasted!
Tuesday, June 16, 2009
Parece que estou a melhorar da depressão...
Somewhere beyond the sea
Somewhere waitin' for me
My lover stands on golden sand
And watches the ships that go sailin'
Somewhere beyond the sea
She's there watchin' for me
If I could fly like birds on high
Then straight to her arms I'd go sailin'
It's far beyond the star
It's near beyond the moon
I know beyond a doubt
My heart will lead me there soon
We'll meet beyond the shore
We'll kiss just as before
Happy we'll be, beyond the sea
And never again I'll go sailin'
No more sailin'
Frase do Dia

«Sobre a direita ideológica paira, a sombra da correcção política anti-salazarista. Porque a II República, foi nacionalista e conservadora e "católica", os valores nacionais e conservadores continuaram arredados das agendas políticas, acabando por ser apenas, agitados por todos, em tempos de aposta eleitoral.»Jaime Nogueira Pinto
Monday, June 15, 2009
Me, Myself and I
How long will I keep this candid camera smile?
My muscles hurt, I better rest for a while
Breathing is the only thing that keeps alive
All this oxygen, crushes me, leaves me so tight
Let me out...
My pain is leading, I got no control from now
Don't try to help me, I don't want to put you down
All my reasons will be misunderstood,
I wish you well, in here there's nothing good
My heart is rotten with all the worst kind of disease
It tries to be better but all it can do is bleed
I'm so tried of myself
Oh God please take me away and bring someone else
One of my friends believes in what she reads
And she's always talking about the end of the century
But listen, have you ever stopped to realise
That if it happened there would be no one to feel alone?
No pain at all...
I should be going, so much damage I've done
So many tears and still a lot more to come
Excuse, don't push my wheel chair
I don't want to go anywhere
My heart is rotten with all the worst kind of disease
It tries to be better but all it can do is bleed
I'm so tried of myself
Oh God please take me away and bring someone else
Alone, I don't care
And now all I remember is the smell of your hair
Um misto de saudosismo e tristeza invadem-me...
Saturday, June 13, 2009
Ainda as Europeias: A fantasia acabou

Na política como no sexo, a psicologia é importante. No passado domingo, a vitória do PSD nas Europeias foi sobretudo uma vitória psicológica: os portugueses perceberam que a invencibilidade do engº Sócrates era um mito urbano sem justificação racional.
Claro que as presidenciais já tinham ilustrado a fraqueza do personagem; mas a velhice de Soares e a inusitada candidatura de Alegre iludiram a realidade. Agora, não há ilusões: eleito em 2005 em circunstâncias bizarras e irrepetíveis, Sócrates é, afinal, um arrivista autoritário e vulgar, que o jornalismo de serviço e a astrologia das sondagens têm levado ao colo com particular desvergonha. Por isso a derrota não é apenas dele; mas de todos os pequenos cúmplices que, desde 2005, persistem na construção de uma fantasia. Foi essa fantasia que o país real destroçou.
João Pereira Coutinho, no Correio da Manhã, de 12 de Junho de 2009.
Ainda as Europeias
A não perder, a análise do nosso caríssimo amigo Mário.

«Sociologicamente, Portugal é um País que vota tradicionalmente à Esquerda. A mesma Esquerda controla todos os sectores da cultura e da comunicação social. Partidos de Direita, como o CDS e o PNR, têm as maiores dificuldades em fazer passar as Mensagens. Também o “politicamente correcto”, “visto de Esquerda”, é uma forma de Ditadura contra a Direita em Portugal.»

«Sociologicamente, Portugal é um País que vota tradicionalmente à Esquerda. A mesma Esquerda controla todos os sectores da cultura e da comunicação social. Partidos de Direita, como o CDS e o PNR, têm as maiores dificuldades em fazer passar as Mensagens. Também o “politicamente correcto”, “visto de Esquerda”, é uma forma de Ditadura contra a Direita em Portugal.»
Tuesday, June 09, 2009
Ressaca das Eleições
Acho que o que há a dizer são coisas muito simples:
- as pessoas não gostam dos políticos;
- as pessoas não gostam das europeias;
- a abstenção ganhou com maioria absoluta, o que lhe permitia eleger um número maior de euro deputados do que os demais partidos concorrentes;
- não ganhou o PSD;
- não perdeu o PS;
- pela primeira vez não ganhou a "roubalheira";
- o Moreira é Letal e não Vital;
- o Almeida Santos está mesmo pílulas;
- ganhou o Bloco de Esquerda;
- os novos partidos são inúteis;
- a JSD é uma cambada de zucas especialista a gritar lemas copiados de outros partidos;
- o Paulo Rangel aos saltos é uma imagem pavorosa e para esquecer;
- o Nuno Melo vai fazer falta ao PP;
- o Paulo Portas não pode ser actor, porque não consegue chorar;
- Portugal é o único país da Europa onde predomina a esquerda, e não ouvi ninguém reclamar ou apelar para se seguir a orientação que predomina na Europa (tal como acontece no que toca ao aborto e outra polítcas chamadas fracturantes)
Para o Futuro:
- NAS PRÓXIMAS EUROPEIAS A DIREITA DEVE TENTAR TER O RESULTADO, não do PSD, não do PS, mas o DO BLOCO DE ESQUERDA.
- Que o Cabelo de Vital Moreira seja um exemplo para a Europa, e um dos produtos a serem exportados;
Outas notas:
- A palavra Esperança deve ser utilizada para identificar aquilo que a define. Ora, que esperança há Dr. Rangel, num resultado eleitoral onde votaram 40% das pessoas? É que o PSD só é alternativa para a maioria... de 40% da população.

(A Imagem vem daqui)
- as pessoas não gostam dos políticos;
- as pessoas não gostam das europeias;
- a abstenção ganhou com maioria absoluta, o que lhe permitia eleger um número maior de euro deputados do que os demais partidos concorrentes;
- não ganhou o PSD;
- não perdeu o PS;
- pela primeira vez não ganhou a "roubalheira";
- o Moreira é Letal e não Vital;
- o Almeida Santos está mesmo pílulas;
- ganhou o Bloco de Esquerda;
- os novos partidos são inúteis;
- a JSD é uma cambada de zucas especialista a gritar lemas copiados de outros partidos;
- o Paulo Rangel aos saltos é uma imagem pavorosa e para esquecer;
- o Nuno Melo vai fazer falta ao PP;
- o Paulo Portas não pode ser actor, porque não consegue chorar;
- Portugal é o único país da Europa onde predomina a esquerda, e não ouvi ninguém reclamar ou apelar para se seguir a orientação que predomina na Europa (tal como acontece no que toca ao aborto e outra polítcas chamadas fracturantes)
Para o Futuro:
- NAS PRÓXIMAS EUROPEIAS A DIREITA DEVE TENTAR TER O RESULTADO, não do PSD, não do PS, mas o DO BLOCO DE ESQUERDA.
- Que o Cabelo de Vital Moreira seja um exemplo para a Europa, e um dos produtos a serem exportados;
Outas notas:
- A palavra Esperança deve ser utilizada para identificar aquilo que a define. Ora, que esperança há Dr. Rangel, num resultado eleitoral onde votaram 40% das pessoas? É que o PSD só é alternativa para a maioria... de 40% da população.

(A Imagem vem daqui)
Saturday, June 06, 2009
Europeias IV: Favor não incomodar

LISBOA- Falo ao telefone com uma amiga e jornalista brasileira que confessa a sua ignorância sobre as "eleições europeias". O assunto, pelos vistos, não entusiasma os brasileiros. Mas ela, por dever profissional, terá que escrever matéria a respeito. Por onde começar, pergunta-me, em tom de evidente desespero?
Fácil: escrevendo simplesmente que as eleições europeias interessam tanto aos brasileiros como aos próprios europeus. Ela ri e julga que faço piada. Eu não rio e ela percebe que não faço piada. A União Europeia gastou 20 milhões de euros em propaganda forte para levar os europeus às urnas. A partir de quinta-feira, quando ingleses e holandeses inaugurarem a maratona eleitoral, é provável - corrijo: é inevitável que 60%-70% dos europeus simplesmente não votem. Um drama?
Nem por isso. O Parlamento, criado em 1958, nunca se distinguiu por sua vocação democrática. Só em 1979, por exemplo, a elite burocrática de Bruxelas entendeu que talvez não fosse má idéia umas eleições democráticas para o seu parlamento largamente inútil e ineficaz.
As eleições realizaram-se a partir de então. E o primeiro paradoxo do "projeto europeu" está precisamente aqui: o Parlamento Europeu foi crescendo em importância na maquinaria política da União; mas os eleitores foram abandonando, também crescentemente, qualquer interesse pela maquinaria política da União.
Mas os paradoxos não acabam aqui. Existe um segundo paradoxo: os europeus não se interessam pela Europa; mas, às vezes, existe uma súbita paixão pelos assuntos europeus e o povo resolve pronunciar-se. Aconteceu quando franceses ou holandeses recusaram a "constituição" européia. E qual foi a atitude dos burocratas europeus perante a recusa da "constituição"?
Se a União Européia fosse um organismo verdadeiramente democrático, as decisões dos europeus seriam respeitadas. Não foram. A "constituição", recusada por franceses e holandeses, apareceu com novo nome e novas vestes sob o título simpático de Tratado de Lisboa. Muitos dos governos europeus, temendo nova reação democrática (que horror!), apressaram-se a ratificar o tratado em seus parlamentos, sem qualquer consulta popular. Mas aparece sempre alguém para estragar a festa.
Foi a Irlanda. Levados às urnas, os irlandeses recusavam o Tratado de Lisboa. Teoricamente, e uma vez mais, a recusa dos irlandeses deveria enterrar a "constituição", perdão, o Tratado de Lisboa. Mas a União Européia não existe para respeitar as decisões democráticas dos europeus. Ainda este ano, os irlandeses serão novamente convidados a votar o Tratado de Lisboa. Se não responderem de forma "apropriada", eu nem quero imaginar o que vai suceder aos pobres irlandeses.
Foi assim que chegámos a 2009 e às eleições que começam quinta-feira. E é assim que chegamos à pergunta inevitável: se a Europa não respeita os europeus, por que motivo os europeus devem respeitar a Europa?
Felizmente, a maioria não respeita. Falando apenas de Portugal, a abstenção estará de acordo com a média geral. Os políticos lusos fazem apelos lancinantes à participação do povo. Alguns falam mesmo na necessidade de adotar o "voto obrigatório", o que seria a suprema consumação da farsa. Os portugueses, povo abençoado, nem os ouvem. No domingo, quando chegar a nossa vez, estaremos todos, ou quase todos, na praia, no campo, no bar ou no cinema.
E os que votam? Os que votam estarão interessados, não em eleger os "deputados" europeus - mas em premiar, ou castigar, os partidos nacionais. No papel, as eleições elegem um novo Parlamento Europeu. Na prática, toda a gente sabe, a começar pelos partidos, que as eleições são uma espécie de mega-enquete para avaliar a popularidade dos governos. E, no caso especificamente português, uma espécie de primeiro turno das eleições legislativas que teremos no final do ano.
Moral da história? O fosso cresce entre uma estrutura política que cada vez mais governa a vida dos europeus; e os próprios europeus, que não se reconhecem nessa estrutura política e que simplesmente a desprezam ou ignoram. Não sei até quando vai durar este espetáculo. Mas, enquanto o espetáculo rola, os europeus já aprenderam a pendurar na porta o clássico "Favor não incomodar".
João Pereira Coutinho, in Folha de São Paulo de 1 de Junho de 2009
Friday, June 05, 2009
Europeias III: Defender a liberdade, apoiar a responsabilidade

Na Europa não está em jogo, apenas a definição de algumas regras de mercado para ultrapassar a crise económica, mas a própria possibilidade de uma experiência humana feita de liberdade e de criatividade pessoal e colectiva. Uma larga percentagem das leis portuguesas representam a aplicação de directivas da União Europeia, que têm vindo a caracterizar-se pelo crescente risco de uma excessiva regulamentaçãoda vida dos cidadãos limitando a expressividade das pessoas e dos corpos sociais.
A Europa só se poderá afirmar, reconhecendo a pessoa na sua unidade irrepetível e na sua liberdade, capaz de gerar criatividade e caridade, confiança e trabalho.
Seguindo o princípio da subsidiariedade, a União Europeia deve apoiar a criação das condições necessárias para que as pessoas possam expressar o seu desejo de verdade, de justiça e de beleza, valorizando as próprias tradições históricas, religiosas e culturais. Quanto mais os cidadãos contribuírem a tornar a realidade social, uma morada humana, mais a Europa se tornará um espaço de liberdade criativa, capaz de estabelecer um diálogo fecundo de paz e de desenvolvimento com todos os outros povos.
A tendência de uma progressiva limitação da liberdade toca também uma das realidades, que com a sua presença é factor de esperança para tantos: a Igreja. Por isso, defender na Europa a Libertas Ecclesiae é defender a liberdade e o futuro de todos.
- A educação é a prioridade fundamental e pede portanto um maior empenho no sentido de dar de forma efectiva, liberdade e responsabilidade às famílias, contribuindo para o crescimento dos jovens, na certeza de que deles depende o futuro da sociedade.
- A tutela da vida desde o seu início ao fim natural e a defesa da família são princípios não negociáveis.
- Poucas mas eficazes leis, para regular um mercado que não seja presa de especulação financeira, uma colaboração internacional que não caia na armadilha do proteccionismo, um sistema bancário que tenha como objectivo o apoio às famílias e às empresas: as instituições políticas europeias são chamadas a favorecer estes objectivos para uma recuperação da economia segundo o princípio da subsidiariedade.
Diante dos desafios dramáticos da vida, milhares de pessoas testemunham cada dia, através do próprio empenho, sofrimento e trabalho, uma esperança que consente enfrentar grandes dificuldades sem mortificar o desejo de felicidade. O relativismo (em que tudo é igual) e o niilismo (em que nada vale) pelo contrário, desvalorizam a responsabilidade perante o destino do homem, acinzentando a nossa sociedade.
Por isso apoiamos quem na Europa coloque a política ao serviço da pessoa livre, responsável e solidária, particularmente em quem possa testemunhar uma diversidade em acto dentro do parlamento europeu, tendo como ponto de força, não a defesa teórica de valores, mas a atenção às pessoas no concreto da sua humanidade e das suas obras.
Companhia das Obras
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Thursday, June 04, 2009
Teoria e Prática

Afinal, o PS moderou-se. Distribuição de preservativos nas escolas? Sim, mas cautela: a proposta aprovada na especialidade pelos socialistas não prevê distribuir preservativos como quem atira milho aos pombos.
Tudo depende das necessidades dos pombos: se, por hipótese, o Joãozinho aparece no ‘gabinete de apoio’ e declara, em doloroso pranto, que ele e a Teresinha já não aguentam mais os calores, é função do ‘técnico’ entregar-lhe a borracha e conceder-lhe a sua bênção. Mas o que fazer a todos os outros que, apesar dos calores, não têm forma de lhes dar andamento?
Em nome de uma escola verdadeiramente igualitária, o legislador devia acautelar situações de exclusão e carência, disponibilizando um bordel terapêutico em pleno recinto escolar. De nada servem aulas teóricas se os alunos não têm material para as práticas.
João Pereira Coutinho in Correio da Manhã de 29 de Maio de 2009
Tuesday, June 02, 2009
Europeias II: A Europa de Maria Antonieta

Até por uma questão de decoro, admito que em eleições europeias convém falar da Europa. Mas para dizer o quê? Se é para nos explicarem que o Parlamento Europeu é, afinal, uma coisa muito importante e interessante, desculpem, mas dispenso a conversa. E desconfio que ninguém está aqui com paciência para esse género de pedagogia.
Sim, há neste país um debate por fazer sobre a Europa. É este: como podem os portugueses aproveitar aquele que é o maior espaço de comércio livre do mundo? Em 1986, havia um projecto. Entrámos na CEE para “convergir”, explorando deslocalizações e fundos de coesão. Entretanto, o mundo mudou e a União Europeia também. Hoje, deslocalizações e fundos de coesão beneficiam outros.Há dez anos que divergimos da média europeia.
O velho projecto europeu fracassou, e a nossa classe política não arranjou outro. Em vez disso, resolveu excitar-se com a unidade europeia em si. Primeiro, foi o entusiasmo da “Europa monetária”. Agora, é o da “Europa política”. Na actual situação, é difícil não encarar este europeísmo político como uma forma de evadir as questões fundamentais. Os entusiastas da Europa dos parlamentos e presidentes fazem lembrar Maria Antonieta. É como se nos dissessem: “Estão desempregados? Candidatem-se ao Parlamento Europeu.” Talvez devêssemos recordar-lhes como acabou a rainha de França.
Rui Ramos, in Correio da Manhã, 29 de Maio de 2009
Monday, June 01, 2009
Europeias I: Vital Sassoon

O cabelo de Vital Moreira deixa-me transfixo. A tal ponto que não consigo ouvi-lo quando o vejo ou ler o que escreve se houver um retrato dele lá no meio. O que é que aquele cabelo está a tentar dizer-me? Como foi alcançado? Aquele risco ao lado que levanta voo como uma esquadra de caças F-16 está aberto a qualquer um? Ou é preciso tomar precauções especiais?
Bem sei que é feio julgar as pessoas pela aparência e que eu próprio teria sido condenado à morte se assim não fosse. Mas um cabelo tão imperiosamente modelado é, tal como o bigode, uma escolha consciente. Não se nasce com um cabelo daqueles ou, caso se nasça, o obstetra não sobrevive.
A opção de configurar e trazer assim o cabelo é inteiramente da responsabilidade de Vital Moreira. Tanto Deus como Viriato estão inocentes. Podemos assim julgar o penteado sem ofender a humanidade e gozar com ele sem estarmos a rir do infortúnio alheio. Não sei quanto tempo e quantos produtos - quantas pessoas - são necessários para obter aquela onda compacta e inamovível. Mas uma coisa é certa: emana soberba e autoridade. Olha-se para aquele resplandecente capacete de oiro branco e cisma-se: "Eis o Rubens Barrichello da Anadia."
Veja-se a foto na página 9 do PÚBLICO de ontem. Longo, espesso, repetitivo, vaidoso, impenetrável e sempre a pender para o mesmo lado, o penteado de Vital Moreira é bem o oposto dos seus textos e discursos. Aí residirá a contradição que torna ambos tão irresistíveis.
Miguel Esteves Cardoso, in Público de 28 de Abril de 2009

Europeias
Arrisco-me, nesta última semana de campanha, a ir postando diáriamente algumas questões, ideias, ou textos da imprensa que vou guardando sobre as eleições, sem nenhum objectivo especifico que não seja o informar, fazer pensar, ou rir!
Thursday, May 28, 2009
Ainda Obama
Já me tendo pronunciado sobre o tema, achei por bem colocara imagem com que nos brindou O Inimputável!

Os Benefícios do 28 de Maio
Em resposta a acontecimentos protagonizados hoje, deixo duas imagens de inequivoca qualidade expressiva.



Tuesday, May 26, 2009
A Porta do Cavalo

TESTAMENTO VITAL? Depende. Na teoria, o projecto-lei do PS permite que qualquer pessoa, na posse das suas faculdades mentais, possa expressar por escrito os cuidados médicos que deseja ou não receber caso perca a sua autonomia. Mas existem cuidados médicos e cuidados médicos. Uma coisa é recusar tratamentos invasivos, dolorosos e absolutamente inúteis. Outra, bem diferente, é incluir na categoria a água e a alimentação, o que inversamente implica matar o paciente à sede e à fome, ainda que por vontade deste. Será possível contemplar o cenário sem um arrepio de horror pela espinha abaixo? Sem acautelar a distinção moralmente relevante entre ‘aceitar a morte’ e ‘abandonar à morte’, a proposta do PS será apenas uma forma iníqua de introduzir a eutanásia pela porta do cavalo.
João Pereira Coutinho, in Correio da Manhã de 24 de Maio de 2009
Saturday, May 23, 2009
Thursday, May 21, 2009
Ouçam bem isto, e pensem que podiam ser os vossos filhos...
Espero que todos se lembrem que a nova lei de educação sexual garante a tranversalidade? Pois é, e isto é assim ainda sem a nova lei em vigor...
Como será quando a lei proteger esta professora, que estará só a cumprir o seu dever, apesar de ser em modos desconformes?
Tuesday, May 19, 2009
A Traição do Direito
Conceder o grau honorário a quem não o merece é injusto. E a coisa ganha contornos graves se se trata de Direito.
Ser Honoris Causa em Direito significa que se agiu em prol da justiça, e a justiça não é uma palavra vã, não é uma convenção. Ela é real e objectiva, e "a primeira maneira de a servir é defender a sua existência, é colocá-la acima do indivíduo e do Estado, da Liberdade e da Autoridade, como princípio superior da organização social"(Manuel Cavaleiro Ferreira).
Se nos esquecemos do que é a justiça, então esquecemos-nos do que é o Direito, porque sem ela não há Direito.
E isto não é teórico. Se a Justiça só existe quando se dá a cada um o que é seu, então, dela faz parte o exercício livre por parte de cada um do seu direito, que não pode ser obstado por pessoa alguma, nem pelo Estado, nem pela sociedade.
E quando falamos de aborto, o problema é muito simples: a justiça obriga ao respeito pela vida e pelo direito à vida de todos os seres humanos.
Mais: o Direito não é valorativamente neutro. Ele é, como dizia Ozanam, "obra das nossas necessidades morais: tem as suas origens no fundo dos mais secretos recessos do coração". Gomes da Silva lembrou que o Direito nasce do Homem e para o Homem, "como elemento intrinsecamente constitutivo da essência humana", que se funda na pessoa humana concreta, como ser individual racional e livre, e à qual não pode negar a personalidade, ou seja, a qualidade de ser pessoa, e a dignidade que lhe é inerente, e cabendo-lhe ainda o papel de ser meio acessório para garantir a realização do Homem, tendo por isso um conteúdo ético. E no mesmo sentido Larenz e os modernos autores consagraram o Personalismo Ético como fundamento de todo o Direito, porque cada pessoa é portadora de uma dignidade originária e inerente desde a concepção, que não pode ser alienada, extinta ou reduzida. Porque Direito não faz nascer as pessoas e não pode evitar que morram, também as não pode matar.

Mas há um problema de deturpação ou de esquecimento. Há um erro; há uma falsa percepção da realidade, mais causado do que instantâneo e inocente. E enquanto este erro se mantiver, enquanto o problema do aborto não for observado tal qual é, não como conflito de direitos que não é, não como direito de propriedade que não é, mas como o direito à vida de todos, inclusive dos não nascidos, que requerem maior protecção pela sua fragilidade, então a sociedade dar-se-á tristemente ao luxo de ser injusta, eugénica e criminosa. E por isso, o que a Faculdade de Direito da Universidade de Notre Dame faz atribuindo Graus Honoris Causas mais políticos que merecidos, é premiar criminosos. E isso é um erro. Aliás, é um incentivo ao crime. E é absolutamente contrário ao Direito.
Obama é um produto da cultura moderna, um politico populista e teatral, que usa palavras belas que enchem auditórios e avenidas, congregam multidões, ouvintes cegos que não se importam que aquelas sejam completamente vazias. É tudo show of. É tudo fogo de vista. Mas ninguém quer saber. Tudo grita "Vamos, vamos todos juntos, isso mesmo, «Yes, We Can; Yes, We Can; Yes, We can»". É no fundo um deus moderno, pagão, vitima de adoração.
E agora, quem se opõe é preso, pois professa contra essa "nova religião". Como se fosse um crime ser-se contra.
As suas medidas são irreflectidas e populistas. Não têm qualquer conteúdo ético. São rodeadas de ornamentos que são as suas poéticas palavras vazias, ou as anedotas sobre Bush, mais o retrato da família feliz, etc. É tudo populismo, falsidade, vazio. Mas o povo gosta. E enquanto se dá o "pão para o povo", vai-se tornando a "humanidade humanicida" (J.P. Viladrich), e vai-se traindo ao poucos, a nossa frágil e bela Justiça, e tornando o que é Direito, em "torto"(M. Gomes da Silva).
PS: Já viram este vídeo?
Ser Honoris Causa em Direito significa que se agiu em prol da justiça, e a justiça não é uma palavra vã, não é uma convenção. Ela é real e objectiva, e "a primeira maneira de a servir é defender a sua existência, é colocá-la acima do indivíduo e do Estado, da Liberdade e da Autoridade, como princípio superior da organização social"(Manuel Cavaleiro Ferreira).
Se nos esquecemos do que é a justiça, então esquecemos-nos do que é o Direito, porque sem ela não há Direito.
E isto não é teórico. Se a Justiça só existe quando se dá a cada um o que é seu, então, dela faz parte o exercício livre por parte de cada um do seu direito, que não pode ser obstado por pessoa alguma, nem pelo Estado, nem pela sociedade.
E quando falamos de aborto, o problema é muito simples: a justiça obriga ao respeito pela vida e pelo direito à vida de todos os seres humanos.
Mais: o Direito não é valorativamente neutro. Ele é, como dizia Ozanam, "obra das nossas necessidades morais: tem as suas origens no fundo dos mais secretos recessos do coração". Gomes da Silva lembrou que o Direito nasce do Homem e para o Homem, "como elemento intrinsecamente constitutivo da essência humana", que se funda na pessoa humana concreta, como ser individual racional e livre, e à qual não pode negar a personalidade, ou seja, a qualidade de ser pessoa, e a dignidade que lhe é inerente, e cabendo-lhe ainda o papel de ser meio acessório para garantir a realização do Homem, tendo por isso um conteúdo ético. E no mesmo sentido Larenz e os modernos autores consagraram o Personalismo Ético como fundamento de todo o Direito, porque cada pessoa é portadora de uma dignidade originária e inerente desde a concepção, que não pode ser alienada, extinta ou reduzida. Porque Direito não faz nascer as pessoas e não pode evitar que morram, também as não pode matar.

Mas há um problema de deturpação ou de esquecimento. Há um erro; há uma falsa percepção da realidade, mais causado do que instantâneo e inocente. E enquanto este erro se mantiver, enquanto o problema do aborto não for observado tal qual é, não como conflito de direitos que não é, não como direito de propriedade que não é, mas como o direito à vida de todos, inclusive dos não nascidos, que requerem maior protecção pela sua fragilidade, então a sociedade dar-se-á tristemente ao luxo de ser injusta, eugénica e criminosa. E por isso, o que a Faculdade de Direito da Universidade de Notre Dame faz atribuindo Graus Honoris Causas mais políticos que merecidos, é premiar criminosos. E isso é um erro. Aliás, é um incentivo ao crime. E é absolutamente contrário ao Direito.
Obama é um produto da cultura moderna, um politico populista e teatral, que usa palavras belas que enchem auditórios e avenidas, congregam multidões, ouvintes cegos que não se importam que aquelas sejam completamente vazias. É tudo show of. É tudo fogo de vista. Mas ninguém quer saber. Tudo grita "Vamos, vamos todos juntos, isso mesmo, «Yes, We Can; Yes, We Can; Yes, We can»". É no fundo um deus moderno, pagão, vitima de adoração.
E agora, quem se opõe é preso, pois professa contra essa "nova religião". Como se fosse um crime ser-se contra.
As suas medidas são irreflectidas e populistas. Não têm qualquer conteúdo ético. São rodeadas de ornamentos que são as suas poéticas palavras vazias, ou as anedotas sobre Bush, mais o retrato da família feliz, etc. É tudo populismo, falsidade, vazio. Mas o povo gosta. E enquanto se dá o "pão para o povo", vai-se tornando a "humanidade humanicida" (J.P. Viladrich), e vai-se traindo ao poucos, a nossa frágil e bela Justiça, e tornando o que é Direito, em "torto"(M. Gomes da Silva).
PS: Já viram este vídeo?
O que tu não és é Católico!

É um católico mesmo praticante? Vai à missa?
Sim, mas sou um progressista, não me revejo na moral de costumes da Igreja Católica, na não ordenação das mulheres, no não casamento dos padres.
Defende o casamento dos padres?
Em primeiro lugar defendo a ordenação das mulheres. Não compreendo que hoje, 2009, a Igreja tenha esta restrição. Olhe, o São Paulo, que tem aura de ser um autor sexista, em grande parte das igrejas que fundou as chefes eram mulheres. O que revela bem que o estatuto da mulher não era assim tão subalterno quanto pode parecer da leitura de alguns textos.
Na Igreja é.
Na igreja institucional, sim. Mas com Jesus Cristo não. Tudo o que se conhece até aponta para um certo escândalo por ele ter mulheres apóstolas. E São Paulo também, curiosamente.
Concordou com a despenalização do aborto?
Eu estou de acordo com a posição da Igreja quanto ao aborto e à eutanásia. No resto não. Nos anticonceptivos sou um radical activista contra as posições da Igreja. Na moral sexual em geral sou contra: casamento, divórcio, a questão dos homossexuais.
Defende o casamento gay?
Não é uma coisa que eu defenda hoje. Defendo uma instituição à parte.
A solução inglesa?
Um instituto análogo ao casamento. Para a sociedade portuguesa seria a melhor solução agora. Não porque eu não reconheça o direito? Eu percebo muito bem as reivindicações dos activistas e das activistas dos movimentos gay, mas acho que sociologicamente também temos que respeitar as convicções da maioria da população portuguesa, que é muito conservadora nesta matéria. Temos de encontrar um equilíbrio. A terceira via é um bom equilíbrio. Aliás, nas associações activistas há uma certa contradição. Elas dizem: agora falamos em casamento e mais tarde na adopção, é preciso um primeiro passo. Mas eu acho que é preciso um primeiro passo antes do casamento. Se aceitássemos a teoria gradualista, criavam-se menos fracturas.
Primeiro a união civil, depois o casamento, a seguir a adopção? Também defende a adopção?
É uma questão muito problemática.
Mas um homossexual é menos bom pai que...
Não, não é menos. Não é menos. Não é menos.
Então?
Mas eu percebo que há aqui questões sociológicas, de respeito pelas convicções dominantes na sociedade. E também têm de ser tidas em conta, não há aqui só direitos de uns. Prefiro uma engenharia social gradual. Mas acho que é aqui, na relação com os homossexuais, que a Igreja deveria abrir mais. Em toda a moral sexual é preciso uma grande renovação na Igreja. E há coisas que não compreendo de maneira nenhuma: a ordenação das mulheres, o casamento dos padres, a questão dos anticonceptivos, não percebo como é que se consegue continuar com este discurso.
Eis porque não voto PSD.
O Sexo Oral

Não passaria pela cabeça de ninguém a imposição de uma disciplina de educação religiosa nas escolas. Por mais neutral ou ‘científica’ que ela fosse. O acto seria sempre uma intromissão do Estado no reduto mais privado da existência. Mas este raciocínio não se aplica à vida sexual. Nestas matérias igualmente íntimas, o Estado entende que é seu dever educar os petizes nos misteriosos caminhos dos lençóis.
Tolero a bizarria. Mas não tolero que o Estado, nas suas prédicas sexuais, substitua ‘factos’ por ‘doutrina’; ou, pior ainda, que as famílias não tenham a liberdade para retirar os seus educandos da disciplina. Sobre os preservativos nas escolas, um aviso: a última vez que o governo distribuiu material pelos alunos, os Magalhães estavam cheios de erros. Espera-se que, desta vez, os preservativos não venham furados.
João Pereira Coutinho, in Correio da Manhã de 17 de Maio de 2009
Friday, May 01, 2009
Sociedade Proletária!
Claro que somos uma sociedade proletária, ou não procura-se a constituição implementar o "socialismo".
Hoje é feriado.
Porquê?
O trabalho é humano, faz parte do homem e onde este se realiza. Trabalhar é um acto importante na medida em que o seu fruto é necessário, mas banal porque é algo inteiramente normal.
Fica a duvida se isso será motivo para ser feriado?
E mais: numa época onde há tantos desempregados, chego a pensar se não será até discriminatório...
Hoje é feriado.
Porquê?
O trabalho é humano, faz parte do homem e onde este se realiza. Trabalhar é um acto importante na medida em que o seu fruto é necessário, mas banal porque é algo inteiramente normal.
Fica a duvida se isso será motivo para ser feriado?
E mais: numa época onde há tantos desempregados, chego a pensar se não será até discriminatório...
Wednesday, April 29, 2009
Lições de Democracia - a Herança da I República
Se não quiserem ver tudo, atentem especialmente ao minuto 4:28 e ao 5:51, às atitudes do deputado que está sentado à direita do Paulo Rangel.
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Tuesday, April 28, 2009
Monday, April 27, 2009
Salazar e Nun'Álvares Pereira

"Sobretudo esse Condestável D. Nuno, depois frei Nuno de Santa Maria, guerreiro e monge, chefe de exércitos e edificador de conventos, vencedor de castelhanos e distribuindo em maus anos seus bens pelos mesmos que derrotara em baralhas para não mandarem na sua terra, erguido por sua valentia no altar da Pátria como a igreja o havia de erguer pelas suas virtudes nos altares da fé, cheio de honras e riquezas e enterrado em vida no Convento do Carmo, na dura estamenha de frade, quando depois de Ceuta lhe pareceu já não ser necessária a espada para defesa da Pátria, mas disposto de novo a tomar as armas, se el-rei de Castela alguma vez tentasse invadir Portugal."
Obrigado Manuel!
Sunday, April 26, 2009
São Nuno de Santa Maria
Caminhando rumo à democracia?
Leiam lá esta notícia e vão ver se não estranham
Otelo diz que Largo de Salazar «é didáctico»
Querem ver que ficou democrata?
Otelo diz que Largo de Salazar «é didáctico»
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Saturday, April 25, 2009
Leituras e Visitas para Hoje
Visto que amanhã é dia Santo, temos que nos conter nas visitas...
Abril...Prisões Mil
O Coronel Terrorista
Abril...Prisões Mil
O Coronel Terrorista
O Que é sempre Portugal
Por vontade de Deus, sou português. Nasci em Portugal, e as vicissitudes da vida não me obrigaram nunca, até hoje, a sair deste lugar, na ponta ocidental da Europa, na qual Espanha se encosta e põem debaixo do braço, enquanto o outro lado se banha no Atlântico.
Nasci na década de 80. Não conheci por isso, aquele que era o Portugal do passado. Ou melhor, conheci-o e visitei-o através daqueles que nele viveram. A minha família não era toda monárquica ou salazarista. E os que os eram nunca o foram de forma ideológica porque nunca tinha sequer pensado no que isso era. Porque nunca se dedicaram a reflexões políticas. Eram, como a maioria das pessoas de hoje, alguém que vivia no seu tempo, com as suas preocupações, e que esperava vê-las resolvidas. O que herdei não foi por isso, o fruto de uma educação propagandística ou ideológica. Antes pelo contrário. Foi o testemunho concreto, de pessoas concretas, que viveram num tempos distintos e os comparavam, contando-me o que viveram, quando confrontadas com as minhas questões acerca da história que me ensinavam na escola.
Não acho que o dia de hoje, seja comemorativo. Nunca o achei. Fui educado assim, e o tempo e o estudo permitiram-me fortalecer essa convicção.
Não se julgue que não gosto do Portugal de hoje. Não é verdade. Sou, como gosto de o afirmar, um nacionalista, um patriota.
Amo Portugal porque ele é a minha história e o meu eu. Ele é a minha terra, e do meu passado, e do passado dos meus. Aqui trabalharam e, com ou sem consciência, ajudaram a construir e a manter. Sou parte dele, com as suas tradições, hábitos e defeitos. As suas paisagens e os seus poetas e escritores.
Acredito que assim o é, pois que creio que Portugal é e será sempre, o conjunto do que foi; o conjunto da sua história, da totalidade dos valores e acontecimentos que, como dizia Prezollini, recordamos e esquecemos. Do país que, como lembrava Eduardo Freitas da Costa, se fundou na expansão e se realizou nos descobrimentos, sob a matriz cristã.
Amo por isso Portugal, e não sou como aqueles que acham que Portugal hoje mais valia não existir, que devia fundir-se ou desfazer-se; numa palavra, desaparecer, como defendiam alguns no século XIX.
Mas entristeço-me por vezes com o que lhe acontece ou lhe tentam fazer. O dia de hoje é celebrado na ignorância.
Não me acreditem porque sim. Ou não me façam ignorante porque não. Não vos apelo à crença. Apelo à razão.
Como vêem não estou do lado da maioria. Mas sei que o bem e o certo não são definidos por maior número. Pela política é fácil assim se fazer crer, pois que se vai a pouco e pouco, omitindo palavras e acontecimentos que invocam valores ou a falta deles, pois como escreveu um dia Adriano Moreira, “o silêncio é, no processo político, uma fonte documental tão importante como o discurso. Aquilo que se esconde está em luta com aquilo que se ostenta”. E à força de não os falarem, tornam-nos inexistentes; e promovendo valores opostos, tornam-nos únicos.
Porque me mantenho crente? Porque no fundo sou um Sebastianista, que acredita que por mais cerrado que seja o nevoeiro caído sobre Portugal, sempre se chegará a bom porto, sempre se acabará por aceitar aquilo que Eduardo Freitas da Costa chamou de Projecto Nacional, e que mais não é que o desejo uno que todos, sem excepção, querem ver realizado em Portugal, sabendo que isso também se encontra na dependência da adesão de cada um, último passo da liberdade individual.
Nasci na década de 80. Não conheci por isso, aquele que era o Portugal do passado. Ou melhor, conheci-o e visitei-o através daqueles que nele viveram. A minha família não era toda monárquica ou salazarista. E os que os eram nunca o foram de forma ideológica porque nunca tinha sequer pensado no que isso era. Porque nunca se dedicaram a reflexões políticas. Eram, como a maioria das pessoas de hoje, alguém que vivia no seu tempo, com as suas preocupações, e que esperava vê-las resolvidas. O que herdei não foi por isso, o fruto de uma educação propagandística ou ideológica. Antes pelo contrário. Foi o testemunho concreto, de pessoas concretas, que viveram num tempos distintos e os comparavam, contando-me o que viveram, quando confrontadas com as minhas questões acerca da história que me ensinavam na escola.
Não acho que o dia de hoje, seja comemorativo. Nunca o achei. Fui educado assim, e o tempo e o estudo permitiram-me fortalecer essa convicção.
Não se julgue que não gosto do Portugal de hoje. Não é verdade. Sou, como gosto de o afirmar, um nacionalista, um patriota.
Amo Portugal porque ele é a minha história e o meu eu. Ele é a minha terra, e do meu passado, e do passado dos meus. Aqui trabalharam e, com ou sem consciência, ajudaram a construir e a manter. Sou parte dele, com as suas tradições, hábitos e defeitos. As suas paisagens e os seus poetas e escritores.
Acredito que assim o é, pois que creio que Portugal é e será sempre, o conjunto do que foi; o conjunto da sua história, da totalidade dos valores e acontecimentos que, como dizia Prezollini, recordamos e esquecemos. Do país que, como lembrava Eduardo Freitas da Costa, se fundou na expansão e se realizou nos descobrimentos, sob a matriz cristã.
Amo por isso Portugal, e não sou como aqueles que acham que Portugal hoje mais valia não existir, que devia fundir-se ou desfazer-se; numa palavra, desaparecer, como defendiam alguns no século XIX.
Mas entristeço-me por vezes com o que lhe acontece ou lhe tentam fazer. O dia de hoje é celebrado na ignorância.
Não me acreditem porque sim. Ou não me façam ignorante porque não. Não vos apelo à crença. Apelo à razão.
Como vêem não estou do lado da maioria. Mas sei que o bem e o certo não são definidos por maior número. Pela política é fácil assim se fazer crer, pois que se vai a pouco e pouco, omitindo palavras e acontecimentos que invocam valores ou a falta deles, pois como escreveu um dia Adriano Moreira, “o silêncio é, no processo político, uma fonte documental tão importante como o discurso. Aquilo que se esconde está em luta com aquilo que se ostenta”. E à força de não os falarem, tornam-nos inexistentes; e promovendo valores opostos, tornam-nos únicos.
Porque me mantenho crente? Porque no fundo sou um Sebastianista, que acredita que por mais cerrado que seja o nevoeiro caído sobre Portugal, sempre se chegará a bom porto, sempre se acabará por aceitar aquilo que Eduardo Freitas da Costa chamou de Projecto Nacional, e que mais não é que o desejo uno que todos, sem excepção, querem ver realizado em Portugal, sabendo que isso também se encontra na dependência da adesão de cada um, último passo da liberdade individual.
Thursday, April 23, 2009
Tuesday, April 21, 2009
Já que falamos de Europeias!
Em tempos em que se discute a tolerância, eis que o Parlamento Europeu decide dar o exemplo!
Vejam esta notícia: EU Parliament Removes Religious Exemption
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Um boneco que muda a história!

Disse o Prof. António Ventura, que o Portugal do Estado Novo era um país paroquial.
Pergunto-me se não continuamos a sê-lo?
Foi o que constatei no sábado passado quando me dirigi à SHIP, para assistir à conferência do Mário e do Eurico de Barros. E foi mais que um momento de cultura; mais que o revisitar Herge, revisitando Tintin.
O convívio final levou-me a perceber como vivemos num lugar onde todos nos conhecemos e temos amigos comuns. Tal como as personagens de Tintin.
Ao chegar não conhecia ninguém pessoalmente. Só tinha o prazer de ler as crónicas de cada um na blogosfera.
À saída cumprimentei um candidato às europeias e até tive boleia do Duarte!
Valeu a pena sair de casa naquele dia chuvoso, para encontrar e conhecer pessoalmente aqueles que já sigo à alguns anos, através da leitura dos blogues de cada um. A conversa com o Mário foi impagável, e agradeço-lhe a extrema amabilidade e simpatia com que me recebeu. E para o com o Duarte fiquei em divida pela paciência que teve em permanecer na conversa à chuva, e de me acompanhar ao multibanco para eu poder comprar a Terra e Povo, e de me dar boleia até ao metro.
Como dizíamos no convívio final, à porta do Palácio da Independência, para a maioria das pessoas somos loucos.
Mas somos uns loucos extremamente simpáticos, afáveis e humanos!
Resta-me fazer minhas as palavras do Duarte: está de parabéns o Núcleo Infante D. Henrique. E agora vamos trabalhar para que a ideia dos encontros periódicos vá para a frente.
Sunday, April 19, 2009
DOUTRINA SOCIAL DE OZANAM

Dada a actualidade, que considero profética, do pensamento social de António Frederico Ozanam, não resisto em transcrever várias das suas opiniões e escritos, bem como de alguns dos seus admiradores, que nos transportam do ano de 1836 ao mundo socialmente agitado que estamos a viver na transição de 2008 para 2009.
Assim, a 13 de Novembro de 1836, Ozanam escreveu ao seu amigo Janmot: "A questão que divide os homens dos nosso dias, já não é uma questão de forma política, mas uma questão social; trata-se de saber quem levará a melhor: o espírito de egoísmo ou o espírito de sacrifício; se a sociedade será uma grande exploração em proveito dos mais fortes ou uma consagração de cada um para o bem de todos e, sobretudo, para a protecção dos fracos. Há muitos homens que têm demais e querem sempre mais, e há ainda muitos mais que não têm o suficiente, que nada têm e que querem agarrar se não lhes derem. Entre estas duas classes de homens prepara-se uma luta que ameaça tornar-se terrível: dum lado o poder do ouro, do outro o poder do desespero".
Na sua linha de pensamento de 1836, escrevia a 6 de Março de 1848: "Por detrás da revolução política há uma revolução social. Por detrás da questão da República, que interessa aos letrados, há problemas que interessam ao povo e para eles se armou os problemas da organização do trabalho, do descanso, do salário. Não pensemos que poderemos fugir a estes problemas" (carta escrita ao irmão Pé. Ozanam).
Ozanam não tinha, de maneira nenhuma, a pretensão de propor uma solução técnica para o problema, de cuja gravidade tinha, aliás, falado e sentido. De algum modo abria a porta a investigações que não eram da sua competência.
O Papa Leão XIII, 50 anos mais tarde, devia precisar, completar e actualizar este problema das relações entre operário e patrão, através da Encíclica "Rerum Novarum".
Segundo a palavra de Alberto Mun, Ozanam foi mais que um pioneiro: "Deu o sinal para a acção popular cristã...".
Ozanam considerava a Justiça inseparável da Caridade: "a ordem da sociedade assenta em duas virtudes: justiça e caridade. Mas a justiça já supõe muito amor; pois é preciso amar muito o homem para respeitar o seu direito que liberta o nosso direito e a sua liberdade que estorva a nossa liberdade".
Segundo a opinião do Padre Gillet, "ninguém mais que Ozanam, por meio das Conferências, contribuiu no tempo e no espaço para restaurar a Doutrina Social da Igreja, tornando-a mais viva do que nunca e demonstrando aos homens que corações cheios de caridade são capazes de estabelecerem neste mundo o reino da justiça, provocando em cada nação a eclosão de obras sociais e preparando acordos internacionais".
Opinando sobre Frederico Ozanam, o Prof. Luís de Pina disse que ele "versou de tal modo o problema do trabalho regenerado pelo cristianismo; a questão proletária e capitalista; o contrato de trabalho e da sociedade; o acordo e luta de classes, o salário familiar, associações operárias e seu valor, a exploração do trabalhador, a intervenção moderadora do Estado e outros pontos de grande questão social; referindo Monsenhor Gillet, Bispo dominicano que afirmou que Ozanam foi um genial percursor das Encíclicas Sociais de Leão XIII (Rerum Novarum) e de Pio XI (Quadragésimum Anno).
Termino com algumas palavras do saudoso Papa João Paulo II, proferidas na cerimónia da beatificação:
"Frederico observa a situação real dos pobres e procura um empenho cada vez mais eficaz, para os ajudar a crescer em humanidade. Compreende-se que a caridade deve levar a trabalhar pela reparação das injustiças. Caridade e Justiça caminham a par e passo, tem a coragem lúcida dum empenho social e político de primeiro plano numa época agitada da vida do seu país, pois nenhuma sociedade pode aceitar a miséria como uma fatalidade, sem que a sua honra não seja atingida".
Frederico Ozanam é para o laicado católico actual um modelo tanto mais atraente como oposto a todo o conformismo; soube tomar as mais corajosas iniciativas com doce serenidade e constante modéstia.
Consideremos este texto, como um muito pequeno apontamento sobre a Doutrina Social de Ozanam, tão rica de conteúdo, que não se pode limitar a tão breves linhas.
Fernando Reis, Refelexão in Boleim Português Sociedade de São Vicente de Paulo, Ano 101, n.º2, Fevereiro, 2009, págs. 10 e 11.
Wednesday, April 15, 2009
Tuesday, April 14, 2009
Educação Sexual: um problema de Liberdade
Hoje estive na Assembleia da República, onde intervim na audição parlamentar sobre a Educação Sexual, que visa influenciar a discussão na especialidade dos projectos de lei sobre a mesma.
Nada tenho a dizer de especial.
Só lá fui exigir uma coisa: respeito pelas diferenças ético-culturais, que obriga a que a disciplina de educação sexual seja optativa.
Se se vai zelar pelo direito de cada um a ter educação sexual, como se disse hoje, e lembrem-se que todo e qualquer direito é inseparável do seu titular, então só a deve ter quem a quiser, cabendo ao estado a garantia dos meios para aqueles que assim desejam. Nesse sentido, torna-se obrigatório respeitar também aqueles que não a querem ter, pois que esta, por não ser uma disciplina neutra, não pode ser imposta, sob pena de se violar o artigo 43º/2 da Constituição da República Portuguesa.
Dito isto, resta-me elogiar o deputado António José Seguro, pela forma como dirigiu a audição.
Nada tenho a dizer de especial.
Só lá fui exigir uma coisa: respeito pelas diferenças ético-culturais, que obriga a que a disciplina de educação sexual seja optativa.
Se se vai zelar pelo direito de cada um a ter educação sexual, como se disse hoje, e lembrem-se que todo e qualquer direito é inseparável do seu titular, então só a deve ter quem a quiser, cabendo ao estado a garantia dos meios para aqueles que assim desejam. Nesse sentido, torna-se obrigatório respeitar também aqueles que não a querem ter, pois que esta, por não ser uma disciplina neutra, não pode ser imposta, sob pena de se violar o artigo 43º/2 da Constituição da República Portuguesa.
Dito isto, resta-me elogiar o deputado António José Seguro, pela forma como dirigiu a audição.
Sunday, April 12, 2009
A Juventude
Um problema de Liberdade Individual
Diz Manuel Alegre que esta medida é de carácter totalitário, contra a liberdade individual.
Então e a Educação Sexual?
Então e a Educação Sexual?
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Porque é que afinal vamos vencer...?
Porque os nossos adversários têm um estilo de vida suicidário enquanto nós continuamos a ter filhos e por isso mais tarde ou mais cedo isto é tudo nosso...;-)
Pensem só em termos eleitoriais: 7% dos agregados familiares existentes em Portugal (as chamadas famílias numerosas)temos 25% do total das crianças portuguesas. Quem vai vencer as eleições?
Tudo isto a propósito de um email que recebi (desconheço o autor) e que aqui abaixo reproduzo ;-)
Raciocínio muito simples
1. Deixem que todos os homens que queiram casar com homens, o façam…
2. Deixem que todas as mulheres que queiram casar com mulheres, o façam…
3. Deixem que todos os que queiram abortar, abortem sem limitações…
4. Em duas gerações, deixarão de existir socialistas…
Retirado do Por Causa Dele
Pensem só em termos eleitoriais: 7% dos agregados familiares existentes em Portugal (as chamadas famílias numerosas)temos 25% do total das crianças portuguesas. Quem vai vencer as eleições?
Tudo isto a propósito de um email que recebi (desconheço o autor) e que aqui abaixo reproduzo ;-)
Raciocínio muito simples
1. Deixem que todos os homens que queiram casar com homens, o façam…
2. Deixem que todas as mulheres que queiram casar com mulheres, o façam…
3. Deixem que todos os que queiram abortar, abortem sem limitações…
4. Em duas gerações, deixarão de existir socialistas…
Retirado do Por Causa Dele
Saturday, April 11, 2009
Tuesday, March 31, 2009
Necessidade de Valores
"Afinal, o Direito é uma ciência do mundo da cultura. Um dos defeitos da nossa época e da tão apregoada crise da justiça radica precisamente na falta de referências gerais que pautam e orientam a actividade do jurista. Sem elas, o jurista perde-se, e degrada a sua missão: torna-se alvo fácil de interesses que, em simultâneo, "tecnocratizam" a sua actividade e a instrumentalizam."
Manuel Carneiro da Frada, Relativismo, Valores, Direito in ROA, Ano 68, p. 652
Manuel Carneiro da Frada, Relativismo, Valores, Direito in ROA, Ano 68, p. 652
Sunday, March 29, 2009
Saturday, March 28, 2009
Tuesday, March 24, 2009
Monday, March 23, 2009
Fingindo que ninguém sabe que é dia de festa...
Vou fingir que ninguém sabe, e vou colocar aqui no blog, o anúncio das festividades que se vivem no dia de hoje, e pela quinta vez, lá para os lados do Pasquim da Reacção!

Muitos Parabéns!

Muitos Parabéns!
Palhaçadas
A propósito de certos e determinados cartoons sobre o Papa, há uma coisa que automaticamente me capta a atenção: mais que intolerante, o cartoon é ignorante.
Primeiro porque 27% dos doentes com SIDA por todo o mundo são apoiados por instituições religiosas, sendo que no caso africano, os números mostram que pelo menos 30% das infra-estruturas de saúde em África estão ligadas a instituições religiosas. E estes dados são da ONU e da Organização Mundial de Saúde, como noticía o SAPO, o Público, etc.
Em segundo porque se atendermos às causas da transmissão da SIDA (p. ex. a poligamia e crimes como a violação, ou mesmo o uso do mesmo preservativo variadissimas vezes)e à realidade cultural africana o preservativo não consegue responder aos problemas que são levantados.
Em terceiro lugar, porque foi nos países onde se pôs em prática o programa ABC, ou seja o progrma que procuram sensibilizar para a abstinência e fidelidade - e preservativo só em casos extremos - que se verifica uma redução ou estabilização da percentagem de transmissão, como se verificou no Uganda.
Pergunto-me, no entanto, porque se justifica o Jornal Expresso antes da publicação da imagem?
E faço minha a questão do PR: "Relativamente a estes cartoons, onde estão as condenações públicas dos desenhos e respectivos autores? Onde está o Dr. Freitas do Amaral a pedir desculpa aos católicos, tal como fez com os muçulmanos?"
Primeiro porque 27% dos doentes com SIDA por todo o mundo são apoiados por instituições religiosas, sendo que no caso africano, os números mostram que pelo menos 30% das infra-estruturas de saúde em África estão ligadas a instituições religiosas. E estes dados são da ONU e da Organização Mundial de Saúde, como noticía o SAPO, o Público, etc.
Em segundo porque se atendermos às causas da transmissão da SIDA (p. ex. a poligamia e crimes como a violação, ou mesmo o uso do mesmo preservativo variadissimas vezes)e à realidade cultural africana o preservativo não consegue responder aos problemas que são levantados.
Em terceiro lugar, porque foi nos países onde se pôs em prática o programa ABC, ou seja o progrma que procuram sensibilizar para a abstinência e fidelidade - e preservativo só em casos extremos - que se verifica uma redução ou estabilização da percentagem de transmissão, como se verificou no Uganda.
Pergunto-me, no entanto, porque se justifica o Jornal Expresso antes da publicação da imagem?
E faço minha a questão do PR: "Relativamente a estes cartoons, onde estão as condenações públicas dos desenhos e respectivos autores? Onde está o Dr. Freitas do Amaral a pedir desculpa aos católicos, tal como fez com os muçulmanos?"
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Liberdade e tolerância... só para alguns
"É curioso como, num mundo em que as palavras "liberdade" e "tolerância" são divinizadas, é concedida tão pouca liberdade e há tão pouca tolerância em relação à Igreja Católica e ao seu ensinamento."
A propósito do post anterior, apelo à leitura do texto de hoje de Raquel Abecasis.
A propósito do post anterior, apelo à leitura do texto de hoje de Raquel Abecasis.
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O Pensamento Único
"O pensamento único é cada vez mais único e cada vez menos um pensamento. A sua dupla sedimentação, ideológica e tecnocrática, leva-o a não tolerar quem se expressa fora das suas fronteiras. Não se dirige contra as ideias que considera falsas, as quais exigiriam ser refutadas mas contra as ideias que considera «más». Essencialmente declamatório e inquisitório, o pensamento único elimina as zonas de resistência mediante uma estratégia indirecta: marginalização, silenciamento, difamação(...)"
Quando li este excerto postado pelo Manuel Azinhal,lembrei-me logo deste artigo que envolvia o Tony Blair.
É o "Secularismo Agressivo".
A expressão não é nova. Já o Sarkozy a utilizou.
Mas manifesta-se em tudo: da fraca importância dada à viagem do Papa a Angola (que só é noticiada quando é para falar do preservativo e dos dois mortos por esmagamento), às multas como as que a notícia acima citada se refere. Outro é o caso da política educativa, o fim das liberdades de ensino; ou o da disciplina partidária quanto ao direito à objecção de consciência; ou o da demasiada extensão do direito de liberdade da imprensa, etc. Os meios com que prossegue são variados, mas o fim é sempre o mesmo.
É triste, na época do pluralismo, liberdade e tolerância.
E já não se pede mais que isto...
Quando li este excerto postado pelo Manuel Azinhal,lembrei-me logo deste artigo que envolvia o Tony Blair.
É o "Secularismo Agressivo".
A expressão não é nova. Já o Sarkozy a utilizou.
Mas manifesta-se em tudo: da fraca importância dada à viagem do Papa a Angola (que só é noticiada quando é para falar do preservativo e dos dois mortos por esmagamento), às multas como as que a notícia acima citada se refere. Outro é o caso da política educativa, o fim das liberdades de ensino; ou o da disciplina partidária quanto ao direito à objecção de consciência; ou o da demasiada extensão do direito de liberdade da imprensa, etc. Os meios com que prossegue são variados, mas o fim é sempre o mesmo.
É triste, na época do pluralismo, liberdade e tolerância.
E já não se pede mais que isto...
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