Sunday, December 30, 2007

Que Deus ajude



Fotografia Estela Silva
Do Expresso de 29 de Dezembro de 2007
Pág.6

Friday, December 28, 2007

O presente de Natal do Ministro da Saúde



“Repúdio e Indignação”


Se pensarmos que no séc XIX, para atravessar o país era necessário mais de uma semana, talvez uma hora seja pouco...

A imagem só poderia vir, claro esta deste sitio.

Natal: Uma Festa Cristã

Numa época em que se decide discutir as influências cristãs na história europeia é bom ver o quanto o natal é uma festa de cariz religioso, por muito que se inventem pais natais de muitos e variados géneros.

O texto que voz aqui deixo é do prof. João Carlos Espada, publicado no Expresso de 22 de Dezembro de 2007.
Aqui fica, como se fosse o meu postal de natal.
A todos voz um Bom Natal(atrasados bem sei, mas já é habitual).

Podemos ainda desejar 'Bom Natal? Ou estaremos a incorrer em perigosa expressão de 'fundamentalismo cristão'? Que eu saiba, a moda de substituir os votos de Bom Natal por «season's greetings» começou na América, já lá vai mais de uma década. O argumento era basicamente 'inclusivo': sendo o Natal uma festa cristã, a referência natalícia poderia excluir, ou ofender, todos os que não fossem cristãos. Com o mesmo argumento, foram movidos processos judiciais contra árvores de Natal e presépios em lugares públicos — sendo a definição de 'público' generosamente abrangente: universidades privadas, por exemplo, também contavam.
Inquéritos a judeus e muçulmanos americanos chegaram então a resultados curiosos: eles não se sentiam ofendidos pelas referências natalícias. Basicamente, afinal, os que protestavam eram não crentes de uma obediência particular, que poderíamos designar por ateia (para a distinguir dos não crentes simplesmente agnósticos).
Segundo aqueles não crentes ateus, a sua posição seria neutra relativamente a crenças particulares. Mas este ponto tem óbvias dificuldades. Uma posição não crente ateia (tal como, para este efeito, uma agnóstica) é ela mesma uma posição particular. Por que razão deveria essa posição particular deter supremacia sobre outras posições particulares, designadamente sobre as crenças religiosas?
A razão, segundo alguns não crentes ateus, tem-se tornado mais clara nos últimos tempos. Uma onda de livros tem lançado sobre a religião, em particular a religião cristã, o anátema
do preconceito e do atavismo anti moderno. O argumento deixou agora de ser inclusivo para passar a ser exclusivo: já não é apenas preciso silenciar a religião para não ofender terceiros; é preciso eliminá-la para libertar os próprios crentes.
O nosso velho Isaiah Berlin, o grande filósofo da liberdade e do pluralismo, teria imediatamente detectado aqui um sofisma iliberal. Libertar as pessoas contra a sua própria vontade e sem que elas estejam a prejudicar alguém? Que liberdade é essa que consiste em exercer coerção sobre as consciências dos outros?
Outra perspectiva sobre a liberdade — que Isaiah Berlin teria apoiado — reuniu na passada terça-feira uma vasta excursão de crentes e não crentes numa visita excepcional à Cartuxa de Évora. Tratou-se do lançamento de um magnífico livro sobre 'O Segredo da Cartuxa', com texto de Paulo Moura e fotos de Nacho Doce (Pedra da Lua, 2007). Os autores não precisaram de ser crentes para respeitar e apreciar uma rara vocação de reclusão cristã — e para produzir sobre ela um livro excelente.
Bom Natal.



A proviniência da imagem é esta.

Friday, December 14, 2007

14 e Dezembro de 1918:o Adeus ao Presidente-Rei



"Mataram-me! Morro, mas morro bem! Salvem a Pátria..."

Tuesday, December 11, 2007

E porque ontem foi dia de São Carlos...

De 10 a 21 de Dezembro, está em cena no Teatro Nacional de São Carlos, uma das grandes obras de Verdi: o Rigoletto. Ópera em três actos e quatro quadros, com libreto de Francesco Maria Piave, amigo do próprio compositor, e autor de vários outros libretos, como o da ópera La Traviata.
Estreada em 1851, no Teatro La fenice, Rigoletto, tornou-se conhecida nos dias de hoje, essencialmente por uma das suas cenas, que talvez lhe tenha roubado o protagonismo com o passar dos tempos: La Donna è Mobile. Isto só como apontamento, para quem o nome Rigoletto nada diga.



O que aqui vos deixo, para além de um proposta de visita a um dos mais belos teatros nacionais, e um "convite" para assistir a uma das grandes óperas da história, é um excerto dessa mesma ópera, interpretada neste caso, pelo recém partido Luciano Pavarotti.

Tuesday, December 04, 2007

Faria hoje 115 anos...



...o General Francisco Franco, nascido a 4 de Dezembro de 1892, em El Ferrol, um gueto militar na época, instalado na margem direita, no território da Galiza
.

O 1º de Dezembro: Do Nacionalismo ao Romantismo



Passadas as grandes datas, depois da festa e palavras a propósito, surge agora o tempo da reflexão sobre os acontecimentos passados.
O dia 1 de Dezembro é um dia essencialmente nacionalista. Mas, penso eu na minha modéstia tímida, que esse é também um dia impregnado de um certo romantismo.
A Característica nacionalista claramente se afigura a qualquer um que se depare de frente com a questão: dia de orgulho nacional, de festa; recupera-se a independência nacional perdida em 1850, e que punha em causa a identidade construída sobre este território desde 1143, correndo o risco de se extinguir e perder para a mão da vizinha Espanha que se encontrava num território que não era seu.
Mas para além disto há mais. Há um certo romantismo proveniente e, até dependente deste nacionalismo. E reside este sentimento romântico, naquele conjunto de situações protagonizado por um grupo de homens que, reunido no Palácio da Independência, se unem em torno de uma causa em que acreditam; um conjunto de situações onde um grupo de homens estava pronto a "sacrificar a própria vida por um grande ideal", citando E. Nolte.
E esse risco é um risco de amor à pátria, e de dedicação a um país. E não sei se pela raridade que isso hoje apresenta, a mim causa-me sempre arrepios recordar estas datas, que pela sua glória, no parecem idílicas, podendo eu defini-las como sonhos, poderia atribuir-lhes aquela expressão que o professor Jaime Nogueira Pinto usava num prefácio(?) do livro Anos do Fim, "sonhos que trazem mais sonhos" típicos dos amantes de epopeias.
Perguntar-me-ão agora, se não é nisto que acabei de relatar, afinal, que consiste no nacionalismo?
E podendo eu responder afirmativamente de acordo com o raciocínio montado tendo eu 50% de probabilidades de resposta, podendo dizer que "sim, mais...", ou "não, pois...", lanço apenas a questão: não será o próprio nacionalismo romântico?

"Ditosa Pátria que tais filhos tens"

Luís Vaz de Camões

Sunday, December 02, 2007

Saturday, December 01, 2007

No seguimento do post anterior...

... e mais concentrado no que toca à ortografia.
Penso que será já do conhecimento de todos, o novo acordo ortográfico.



Parece que já começa a verificar-se um recuo, por parte do poder político, em implantar este Novo Acordo Ortográfico. No Brasil, já há discussão sobre o tema.

Deixo aqui o apelo, que penso que deve ser lido e pensado com atenção, do movimento que se está a criar de oposição ã esta tentativa de alteração à língua portuguesa.

Acerca de outro assunto, mas penso que se enquadra bem neste propósito, dizia o prof. Eduardo Vera-Cruz Pinto, "qualquer dia escrevo um livro cheio de erros, e depois se me criticarem, defendo-me dizendo que fiz uma grande obra porque ela é contra-arte!".

Petição aqui.