Wednesday, November 28, 2007
'Tá mas é calado ó Pá!
Foi um duelo bem mais interessante este que o de Santana e Sócrates. Do mesmo género, mas com mais efeitos futuros
Não me preocuparei a dizer se a atitude do Rei de Espanha é censurável ou não.
Sei que, como lembrava o José Júdice, o Rei não se limitou a mandar calar Hugo Chavez por ser comunista. Se fosse uma mera questão de ideologias, porque razão se preocupou com os “fascistas espanhóis”?
Lamento, mas não vou na conversa do Daniel Oliveira, que bem quer fazer crer que Hugo Chavez é um mero presidente venezuelano democraticamente eleito, e que fala pelo povo Venezuelano. Chavez fala pela sua própria voz e ao povo, a única coisa que é admitida, é concordar com ele.
A Venezuela é um país riquíssimo. Especialmente em petróleo. E por isso cobiçado por muitos. E Chavez sabe disso. É por essa mesma razão que tem o desplante de se achar dono do mundo, e de dizer aquilo que quer, sem se coibir de insultar, criticar, etc.
E é por isso meus amigos, que considero que Juan Carlos esteve bem. Porque pouco se preocupou com o petróleo venezuelano e se a sua figura é meramente simbólica e diplomática - como defende Daniel Oliveira - e saiu em defesa do seu compatriota e ex-primeiro-ministro Aznar, e a colocar Chavez no seu devido lugar.
Teriam, alguns dos nossos chefes de Estado, coragem para o fazer?
Escusado será lembrar o que foi dito no estrangeiro nos últimos tempos sobre a polícia portuguesa, sobre um diplomata português, e até mesmo sobre o povo português.
E com isso alguém se importou?
Do recente episódio espanhol, resta agora Chavez e a sua patetice (veremos que consequências trará), que depois de se querer mostrar poderoso na cimeira ibero americana, e depois de sair humilhado por sua própria culpa, esperando que todos lhe beijassem os pés, como se todos lhe devessem e ninguém lhe pagasse, vai mais uma vez mostrar os seus tiques autoritário e dificultar e limitar ao máximo a vida das empresas espanhola presentes em terras venezuelanas.
Como diria Rosa Pedroso Lima, no Expresso desta semana, Chavez “teve um adversário. à altura”.
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