Nos últimos tempos tenho pensado muito nesta relação: Artista/Fã.
Fã - do Ing.(E.U.A.) fan, abrev. de fanatic, fanático; s. m., pessoa que tem grande admiração por certo artista popularizado pelo cinema, teatro, televisão, rádio, música, etc. .
(penso escusado apresentar a definição de artista!)
Confesso que para mim será um exagero o uso da palavra fanático para definir fã. Sou fã de vários artistas, e no entanto não sou fanático. Ou se o sou, sou de forma saudável. De qualquer forma, penso que seria melhor a palavra admiração em vez de fanatismo.
No entanto, não deixa de ser curioso, como podemos sentir o que quer que seja por alguém que "brilha" no cinema, teatro, televisão, etc. Como é possível gostarmos de pessoas que nos são tão estranhas, e tão distantes. Como é possível sentirmos o que quer que seja por estas pessoas, que na maioria dos casos nunca vimos, ou se vimos, foi numa sala de espectáculos ou com mais um milhão e meio de pessoas, e a cerca de 10 metros de distância.
A verdade é que estes seres de quem gostamos tanto sem nunca os termos visto, e que nem sabem quem somos ou sequer que existimos, provocam em nós sentimentos e expressões. Não é novo ouvirmos por ai frases tão simples como: "obrigado, fizeste-me sentir compreendido", "obrigado, pois o que fazes é lindo" etc. ou até mesmo, "obrigado por me fazer sentir parte de algo". Palavras sinceras, de quem se sentiu tocado por algo, sem que, por vezes, saiba porquê. Por alguém que começa por se sentir participante em algo sem saber bem porquê. Ou melhor, muitas vezes até o sabe, mas não o sabe explicar.
Posto assim tudo isto, a verdade é que se pode gostar de algo sem nunca o termos visto. Termos apenas visto, lido. "Longe dos olhos, Longe do coração" cai assim por terra. Não preciso de uma presença aqui para gostar do que quer que seja. E também essa presença de alguém pode ganhar várias formas.
Assim se percebem imagens destas.
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