Aconselho a visita do site especialmente criado a propósito do centenário do Regicídio para que estejam atentos às iniciativas e eventos promovidos pela AIMP.
Digo eu: só se for pela raridade. Porque se ele continua a fechar hospitais e SAP's desta maneira, o SNS começa a dar razão a Oscar Wilde quando dizia que "Viver é a coisa mais rara do mundo", sendo que neste caso, dentro de algum tempo, a maioria das pessoas nem sequer vai existir, como estava contido na segunda parte da frase.
Mais do o que um gesto de amizade, como ele diz, este é um prémio justo para quem faz de um blog uma página de obrigatória e necessária visita a todos aqueles que procuram verdadeira cultura e análises lúcidas e inteligentes. Que honra tantas vezes receber a visitas deste ilustre blogger! O Meus parabéns.
Ainda seremos nós os vândalos fascistas que defendem a opressão dos pacíficos comunistas que sempre lutaram pela liberdade? Mas que bela liberdade.... E que civismo!
Que diz a URAP disto? Para quem defendia que, com a construção do museu, haveria quem fosse peregrinar até Santa Comba Dão para prestar homenagem a Salazar, deve talvez cuidar que se pode trata do contrário...
Chamo atenção para o Jornal Semanário desta semana. É um tema interessante e sensível para uma discussão blogosferica. Apesar de parecer de óbvia conclusão.
Para variar gostei da resposta do Professor Jaime Nogueira Pinto, sempre bastante realista. Lúcido, para variar, encontra-se o Professor José Adelino Maltez, no encontro das causas, que são a base para que se considere existente este fenómeno.
O Texto é dedicado a Leovigildo Queimado Franco de Sousa, na época, Ministro da Agricultura, e antepassado da actriz portuguesa Barbara Norton de Matos. O Texto é fundado nas queixas dos agricultores. Parece que até o Salazar achou engraçado...
Ao Exmo. Senhor Ministro da Agricultura
Exposição
Porque julgamos digna de registo a nossa exposição, senhor Ministro, erguemos até vós, humildemente, uma toada uníssona e plangente em que evitámos o menor deslize e em que damos razão da nossa crise.
Senhor: Em vão, esta província inteira, desmoita, lavra, atalha a sementeira, suando até à fralda da camisa.
Mas Falta a matéria orgânica precisa na terra, que é delgada e sempre fraca! - A matéria, em questão, chama-se caca.
Precisamos de merda, senhor Soisa!… E nunca precisámos de outra coisa.
Se os membros desse ilustre ministério querem tomar o nosso caso a sério, se é nobre o sentimento que os anima, mandem cagar-nos toda a gente em cima dos maninhos torrões de cada herdade.
E mijem-nos, também, por caridade!
O senhor Oliveira Salazar quando tiver vontade de cagar venha até nós! Solícito, calado, busque um terreno que estiver lavrado, deite as calças abaixo com sossego, ajeite o cú bem apontado ao rego, e… como Presidente do Conselho, queira espremer-se até ficar vermelho!
A Nação confiou-lhe os seus destinos?… Então, comprima, aperte os intestinos; E se lhe escapar um traque, não se importe, … quem sabe se o cheirá-lo nos dá sorte?
Quantos porão as suas esperanças n’um traque do Ministro das Finanças?… E quem vier aflito, sem recursos, Já não distingue os traques dos discursos. Não precisa falar! Tenha a certeza que a nossa maior fonte de riqueza, desde as grandes herdades às courelas, provém da merda que juntarmos n’elas.
Precisamos de merda, senhor Soisa!… E nunca precisámos de outra coisa.
Adubos de potassa?… Cal?… Azote?… Tragam-nos merda pura, do bispote!
E todos os penicos portugueses durante, pelo menos uns seis meses, sobre o montado, sobre a terra campa, continuamente nos despejem trampa!
Terras alentejanas, terras nuas; desespero de arados e charruas, quem as compra ou arrenda ou quem as herda sente a paixão nostálgica da merda…
Precisamos de merda, senhor Soisa!… E nunca precisámos de outra coisa.
Ah!… Merda grossa e fina! Merda boa das inúteis retretes de Lisboa!… Como é triste saber que todos vós Andais cagando sem pensar em nós!
Se querem fomentar a agricultura mandem vir muita gente com soltura. Nós daremos o trigo em larga escala, pois até nos faz conta a merda rala.
Venham todas as merdas à vontade, não faremos questão da qualidade. Formas normais ou formas esquisitas! E, desde o cagalhão às caganitas, desde a pequena poia à grande bosta, de tudo o que vier, a gente gosta.
Precisamos de merda, senhor Soisa!… E nunca precisámos de outra coisa.
A tradução não foi a melhor, mas Mário Soares não deixou de se imitar o Rei de Espanha, mas com outros propósitos. Em Espanha mandam-se calar os venezuelanos selvagens e mal educados que tencionam criticar outros espanhois, que apesar de mais terem mais mérito e qualidades que o próprio venezuelano, ele teima em criticar. No fundo manda-se calar um homem que apesar de visitante, critica um espanhol. Aqui, sendo que também se verifica a existência de selvagens e mal educados, mandam-se calar os que criticam o primeiro ministro e o acusam de fazer propaganda. "É a festa da democracia" como diria José Sócrates.
E Alcochete será mesmo o novo aeroporto. Melhor, só mesmo para o comércio, é a promoção de uma nova marca, que por sua vez deverá ajudar à promoção de uma das mais recentes e emergentes pop star's da cena nacional: Mário Lino, através da criação, por parte de um publicitário de Braga, da nova marca
Com estas notícias, todo o mundo sofrerá enormes alterações, na maioria devido a avanços técnicos já realizados por varios sistemas de informação como o Google Earth, cuja pesquisa por deserto resultava neste pequeno mapa:
Altera-se assim o toda a actual disposição territorial que até hoje parecia ser um dos objhectivos do Governo Sócrates Manter.
Para concluir as informações de ultima hora, parece que o nome em alta hoje é mesmo Mário!
Aproximando-se mais um debate na Assembleia da República, acho por bem lembrar, e aproveitando que é um ano novo, peço atenção para as palavras de Burke aos eleitores de Bristol em 1777:
"O Parlamento não é um congresso de embaixadores de interesses diferentes e hostis, interesses que cada um tem que sustentar como representante e advogado contra outros representantes e advogados. O Parlamento é, sim, uma assembleia deliberativa de uma única nação, com um só interesse, o do todo, e que deve guiar-se não pelos interesses locais, mas pelo bem geral, resultado da razão geral do todo."
"A Entrevista é a arte do Silêncio.É uma capacidade de ouvir. È o encontro de duas almas, dois corações, dois espíritos, duas cabeças que pensam, que sentem." António Lobo Antunes